O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi disse neste sábado (11/05) que os juízes querem “eliminá-lo”. Ele se sente perseguido pela justiça e afirma que existe um “preconceito político, como se fosse uma inveja que incentiva o ódio” contra a ele e contra as classes sociais que representa.
Berlusconi fez estas afirmações em um comício de seu partido, o PDL (Povo da Liberdade), na cidade de Brescia, na qual arremeteu contra a justiça. As declarações vieram três dias depois que o Tribunal de Apelação de Milão confirmou a condenação de 4 anos de prisão por um delito de fraude fiscal na compra e venda de direitos de filmes no chamado caso “Mediaset”.
Antes do início do comício, foram registrados momentos de tensão quando militantes do Movimento 5 Estrelas, de Beppe Grillo, e de movimentos sociais, repreenderam os seguidores do PDL, gritando palavras de ordem. “Para prisão, para prisão, ladrões, ladrões”.
Durante o discurso de Berlusconi, os seguidores do movimento de Grillo e os movimentos sociais não pararam de gritar contra Berlusconi, em um ambiente de hostilidade.
“Apesar do assédio e da violência da última semana contra mim, aqui sigo. Se alguém tinha a intenção de me desencorajar, me assustar ou me menosprezar se equivocou e muito. Não me conhecem. Minha determinação é resistir, junto a vós, o povo que ama a liberdade e quer permanecer livre”, afirmou Berlusconi.
Berlusconi assegurou que segue na política e reiterou seu apoio ao governo de coalizão liderado por Enrico Letta e do qual faz parte o PDL, junto ao Partido Democrata e à Escolha Cívica, o partido do ex-primeiro-ministro Mario Monti.
O italiano anunciou a supressão do imposto de bens imóveis para a primeira casa, chamado IMU, instaurado pelo anterior Governo de Monti, se mostrou contrário a uma alta do IVA e pediu que o corte no âmbito de ação da agência tributária. Além da ratificação em apelação dos quatro anos de prisão no caso Mediaset, a Promotoria de Nápoles pediu que Berlusconi seja processado pelo suposto suborno a um senador para derrubar o Governo de Romano Prodi em 2006.
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