O presidente da Síria, Bashar al Assad, afirmou nesta quarta-feira (19/09) que o valor estimado para destruir o arsenal químico do país é de U$1 bilhão de dólares. Além disso, ele acredita que o trabalho possa durar no mínimo 12 meses. “Acho que é uma operação muito complicada, tecnicamente. E é necessário muito dinheiro, cerca de US$ 1 bilhão. Alguns dizem que levará um ano”, disse Assad à imprensa norte-americana.
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Agência Efe
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“É preciso perguntar aos especialistas o que significa (destruir o arsenal químico) rapidamente. Existe um calendário específico. É preciso um ano, pode ser que um pouco mais”, acrescentou. O chefe de estado também afirmou estar “comprometido” a cumprir o acordo negociado entre EUA e Rússia.
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Segundo informações da Agência Efe, esse prazo é superior ao que foi proposto no acordo alcançado no sábado em Genebra entre Rússia e EUA – que estabelece que a Síria deve entregar todo seu arsenal químico antes do final da primeira metade de 2014.
Assad admitiu que a Síria possui armas químicas. “Já não é um segredo”, disse, e que é “evidente” que o ataque do último dia 21 de agosto em Guta, um subúrbio de Damasco, é um crime de guerra. O presidente, no entanto, afirma que não foi o seu governo que fez os disparos na ocasião. “Qualquer um pode fabricar gás sarin em sua casa”, comentou Assad.
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Perguntado pelos relatórios de analistas que apontam que é quase certo que o ataque tenha vindo do regime devido ao refinamento do gás e a sua presença em foguetes aos quais supostamente só o governo tem acesso, Assad respondeu que essas afirmações “não são realistas nem corretas”.
(*) Com informações da Agência Efe e da Telesur
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No entanto, na contramão de de Assad, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje (19) que ele não pode assegurar 100% que a Síria cumpra o plano de eliminação de suas armas químicas. O chefe do Kremlin expressou sua confiança em que o presidente sírio, Bashar al Assad, possa ser convencido de que se desfaça de tudo seu arsenal químico, porém, “questões técnicas podem dificultar o processo”.