O ministro da Reconciliação Nacional da Síria, Ali Haidar, disse neste domingo (15/09) à agência russa RIA Novosti que Damasco classifica como uma “vitória” o acordo firmado entre Estados Unidos e Rússia, que prevê a entrega e destruição da munição química do país árabe. Segundo ele, isso vai ajudar os sírios a “sair da crise”.
“Nós recebemos bem esse acordo. Por um lado, vai ajudar os sírios a sair da crise e, por outro, preveniu a guerra na Síria ao remover o pretexto para aqueles que queriam deflagrá-la”, afirmou Haidar à agência russa.
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O ministro creditou o acordo à diplomacia russa. “Essa é uma vitória para a Síria conquistada graças aos nossos amigos russos.” A Rússia apoia o governo de Assad desde o início da crise, há cerca de dois anos.
Reprodução/SANA
Governo de Bashar Al Assad (dir.) classificou acordo como “vitória” da diplomacia russa
Acordo
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou no sábado (14/09) que a Síria tem uma semana para entregar informações sobre o armamento químico que possui – e, assim, evitar um ataque militar. O anúncio foi feito ao término do encontro bilateral em Genebra (Suíça) entre ele e o chanceler russo, Sergey Lavrov, montado para discutir o assunto.
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Damasco terá sete dias para apresentar “uma lista completa, incluindo nomes, tipos e quantidade de agentes químicos, tipos de munição, localização e formas de armazenamento, produção, assim como instalações de produção”, segundo o documento divulgado por ambos os chefes diplomáticos. O acordo diz ainda que a destruição do arsenal poderá ser feita fora de território sírio e EUA e Rússia poderão contribuir financeiramente.
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Segundo o acordo fechado pelo norte-americano e Lavrov, além do prazo de uma semana dado aos sírios, inspetores já precisarão estar no país no meio de novembro, com vistas a destruir todo o arsenal até metade de 2014.
De acordo com a BBC, os rebeldes sírios rejeitaram o acordo, dizendo que ele é somente uma iniciativa russa para “ganhar tempo”. Ainda no sábado, o presidente Barack Obama elogiou o acordo, mas afirmou que “os Estados Unidos continuam preparados para agir”.