Atualizado às 15h35
A OPAQ (Organização para a Proibição das Armas Químicas) informou nesta sexta-feira (20/09) que recebeu informação “inicial” do governo sírio sobre seu arsenal químico e anunciou que adiou a reunião prevista para o próximo domingo. O documento está senado analisado pela secretaria técnica do órgão.
“A reunião do domingo sobre a Síria do Conselho Executivo da OPAQ foi adiada. Uma nova data será anunciada o mais rápido possível”, informou a organização com sede em Haia através de sua página no Twitter.
O encontro, que pode acontecer durante a próxima semana, deve servir para que os 41 Estados do Conselho Executivo analisem e votem a proposta que está sendo preparada pelos Estados Unidos e Rússia com os detalhes do plano para eliminar o arsenal químico sírio.
Agência Efe
Governo de Bashar Al Assad entregou nesta sexta-feira informações “iniciais” sobre armamento químico
O governo de Bashar Al Assad tinha, segundo um acordo firmado entre o secretário de Estado norte-americano John Kerry e o chanceler russo Sergey Lavrov, uma semana para entregar um inventário de seu arsenal químico. O prazo se encerrava hoje.
Damasco deveria apresentar “uma lista completa, incluindo nomes, tipos e quantidade de agentes químicos, tipos de munição, localização e formas de armazenamento, produção, assim como instalações de produção”, segundo o documento divulgado por ambos os chefes diplomáticos. O acordo diz ainda que a destruição do arsenal poderá ser feita fora de território sírio e EUA e Rússia poderão contribuir financeiramente.
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Na quarta-feira (19/09), Assad afirmou que o valor estimado para destruir o arsenal químico do país é de U$1 bilhão de dólares. Além disso, ele acredita que o trabalho possa durar no mínimo 12 meses. “Acho que é uma operação muito complicada, tecnicamente. E é necessário muito dinheiro, cerca de US$ 1 bilhão. Alguns dizem que levará um ano”, disse Assad à imprensa norte-americana.
“É preciso perguntar aos especialistas o que significa (destruir o arsenal químico) rapidamente. Existe um calendário específico. É preciso um ano, pode ser que um pouco mais”, acrescentou. O chefe de estado também afirmou estar “comprometido” a cumprir o acordo negociado entre EUA e Rússia.
Segundo o acordo fechado pelo norte-americano e Lavrov, além do prazo de uma semana dado aos sírios, inspetores já precisarão estar no país no meio de novembro, com vistas a destruir todo o arsenal até metade de 2014.