O presidente russo Vladimir Putin endureceu as leis antiterroristas diante da recente reativação de grupos armados de caráter jihadista. Agora, as punições contemplam penas entre 15 e 20 anos de prisão pela formação de organizações terroristas e de cinco a dez anos para membros de grupos extremistas. As autoridades russas temem um aumento da atividade terrorista e guerrilheira com a aproximação da inauguração dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (no Mar Negro), que acontecerão perto do Cáucaso em fevereiro de 2014.
No caso dos grupos armados ilegais, a pena será de três a 10 anos de prisão, e, se forem estrangeiros no exterior com “interesses contra a Rússia”, de até seis anos de detenção. Também foram estipuladas penas entre cinco e dez anos para quem se submeter a treinamentos, físicos ou teóricos, a fim de cometer ações terroristas.
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Ao assinar no sábado (02/11) estas leis, Putin também endureceu a punição contra aqueles que façam chamadas públicas para cometer ações extremistas, que agora podem ser condenados a penas entre três e dez anos de prisão.
As novas normas permitirão a apreensão dos bens dos familiares e de pessoas próximas aos supostos terroristas se seus proprietários não puderem comprovar sua aquisição legal. E também estipula que eles deverão compensar o Estado por prejuízo material e moral.
No dia 21 de outubro, seis pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas em um atentado suicida cometido por uma mulher da república do Daguestão em um ônibus em Volgogrado. Esse foi o primeiro atentado suicida de gravidade cometido na Rússia desde que 37 pessoas morreram na explosão ocorrida no aeroporto moscovita de Domodedovo, em janeiro de 2011.