O movimento antigovernamental da Tailândia espera se reunir nesta quinta-feira (12/12) com os máximos responsáveis do Exército para pedir seu apoio para forçar a queda da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e a substituição do governo por um “conselho popular” não eleito.
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O líder da oposição, Suthep Thaugsuban, solicitou o encontro para expor a necessidade de fazer reformas políticas antes da realização, no dia 2 de fevereiro, das eleições antecipadas, convocadas pela primeira-ministra na última segunda-feira, após mais de duas semanas de protestos.
Agência Efe
Opositores já retiraram a cerca de arame farpado que protegia a sede do governo
Em comunicado, Suthep pediu leis justas e igualitárias, o fim da corrupção, das fraudes eleitorais e da compra de votos, além de acusar o governo “ilegítimo” de Yingluck de ser “o principal obstáculo para essas reformas”. “Daremos uma oportunidade para que os chefes de segurança esclareçam sua posição sobre as reformas e para que declarem se estão preparados e com vontade de se posicionar ao lado do povo”, disse.
O porta-voz do Exército, Winthai Suwari, garantiu ao jornal Bangcoc Post que os responsáveis das Forças Armadas se reunirão ao longo do dia para decidir se aceitam o encontro, uma possibilidade que foi rejeitada ontem à noite pelo chefe do Exército, o general Prayuth Chan-ocha.
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Um grupo de manifestantes retirou a cerca de arame que protegia a Casa do Governo, após expirar o prazo dado pela polícia para que deixassem o complexo e cedessem sua custódia aos militares.
Dezenas de pessoas continuam acampadas nos arredores do recinto onde se encontra o escritório da primeira-ministra, que pediu o fim dos protestos e convocou eleições gerais antecipadas para o dia 2 de fevereiro do ano que vem.
Suthep, por outro lado, se nega a acabar com os protestos, insistiu em afirmar que o governo atual é inconstitucional e mantém sua “cruzada” contra o “regime de Thaksin”.
Yingluck é irmã de Thaksin Shinawatra, que governou Tailândia entre 2001 e 2006, quando um golpe militar o derrubou após ser acusado de corrupção, nepotismo e de enfraquecer as instituições do Estado. Desde então, seguidores e opositores do ex-mandatário que vive no exílio lutam pelo poder com frequentes manifestações e protestos populares que buscam paralisar o governo da vez. Yingluck entrou na política em 2011 e ganhou, com o partido de seu irmão, as eleições realizadas naquele ano.
(*) com Agência Efe