Agência Efe
Com apoio de conservadores ucranianos, Yulia Tymoshenko é favorita para eleições presidenciais de 25 de maio
A ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, rejeitou neste sábado (29/03) uma proposta feita pelos partidos que integram a atual coalizão governante em prol de uma candidatura única do empresário Petro Poroshenko para as eleições presidenciais de 25 de maio, e reiterou sua intenção de disputá-las.
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Tymoshenko, que foi solta da prisão em 22 de fevereiro após ser condenada de corrupção e abuso de poder. A ex-primeira-ministra teve papel fundamental na queda do presidente Viktor Yanukovich. Apoiada pela ultradireita do país, ela recebe agora apoio unânime à sua candidatura durante o congresso federal de seu partido, o Batkivschina (Pátria).
Poroshenko, no entanto, tinha pedido a Tymoshenko para que o apoiasse nas eleições presidenciais, assim como fez o líder do partido Udar (Golpe), o ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko. Poucos esperavam que a carismática líder da Revolução Laranja de 2004 seguisse o conselho de Klitschko de renunciar a suas ambições pessoais em favor de Poroshenko, que segundo as últimas pesquisas é o favorito.
Quando assumiu o cargo de primeira-ministra, em 2005, Tymoshenko enfrentou abertamente Poroshenko, a quem acusou de corrupção.
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Segundo analistas políticos locais, as disputas internas entre os partidários de Tymoshenko e Poroshenko provocaram a cisão da coalizão laranja, e o posterior retorno ao poder de Yanukovich, o grande derrotado na revolução de 2004.
Ao apresentar sua candidatura na quinta-feira (27), Tymoshenko se definiu como “a candidata da unidade” e lembrou sua capacidade de combater a corrupção. Natural de Dnipropetrovsk, região cuja maioria da população é de origem russa, ela disse estar convencida de que vai recuperar a Crimeia, que na última semana passou a integrar a Rússia.
“Considero Vladimir Putin o inimigo número 1 da Ucrânia”, declarou.