A campanha para o referendo de independência da Escócia teve início nesta sexta-feira (30) e vai até o dia 18 de setembro. De acordo com pesquisas recentes, o grupo contrário à independência lidera com 46% dos votos, contra 34% do “sim” e 20% de indecisos. Estes últimos devem definir o resultado final.
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Campanha pela independência defende que soberania trará melhoras para o sistema de saúde do país
A partir de hoje, os grupos “Yes Scotland”, que apoia a independência, e “Better Together”, partidário da permanência no Reino Unido, podem fazer publicidade com um orçamento máximo de 1,5 milhão de libras (R$ 5,5 milhões) cada um e terão espaços gratuitos de propaganda eleitoral.
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Quatro milhões de residentes na Escócia maiores de 16 anos, incluindo cidadãos europeus e da Commonwealth (comunidade de ex-colônias e protetorados britânicos), poderão votar em setembro, quando deverão responder à pergunta: “A Escócia deveria ser um país independente?”.
O resultado será determinado por maioria simples (a metade mais um) e o governo britânico, que apoia a união com o Reino Unido, estabelecida em 1707, comprometeu-se a aceitá-lo.
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou recentemente que o resultado do referendo será “irreversível” e que os escoceses não terão outra oportunidade de votar.
A presidente do parlamento escocês, Tricia Marwick – que deve adotar uma postura neutra – disse hoje que todos os partidos políticos escoceses trabalharão juntos após o referendo “para beneficiar o povo da Escócia”, seja qual for o resultado.
Independência
Segundo o plano do primeiro-ministro escocês, o independentista Alex Salmond, em caso de voto afirmativo, em 18 de setembro se iniciaria um processo de transição que culminaria com a declaração de independência em 24 de março de 2016. Já as primeiras eleições ocorreriam em maio deste mesmo ano.
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Campanha “Better Together” defende que permanência no Reino Unido trará mais oportunidades de emprego
Após o acordo de Edimburgo, de 2012, que definiu as bases da consulta e foi assinado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e Salmond, o parlamento britânico transferiu temporariamente para o escocês parte de suas prerrogativas.
Embora a Escócia já tenha feito dois referendos de autonomia, em 1979 e 1997, esse será o primeiro de independência desde que Edimburgo e Londres uniram seus Parlamentos com a Lei da União de 1707.
A ideia de independência que o SNP de Salmond propõe manteria a Escócia sob o reinado de Elizabeth II, em união monetária com o Reino Unido com a libra como moeda comum e com uma BBC autônoma.
O país controlaria, além disso, seus próprios recursos petrolíferos no Mar do Norte e continuaria na União Europeia, livre de armas nucleares.
A Escócia é uma das nações que compõem o Reino Unido, possui Estado e jurisdição separados para fins de direito internacional. O direito e o sistema de ensino escoceses, bem como a Igreja da Escócia, têm permitido a continuação da cultura e da identidade nacional escocesas desde a união e, 1707.
(*) com agência Efe