A junta militar da Tailândia anunciou neste domingo (29/06) que planeja continuar no controle do governo interino, que será formado em setembro. A proposta é não cometer os “mesmos erros” de 2006, quando os militares passaram o poder a um governo civil logo após o golpe. Para isso, o chefe da organização – o general Prayuth Chon-ocha – será nomeado o próximo primeiro-ministro tailandês.
Reprodução/ Youtube
Aos olhos de Prayuth, Tailândia faz parte da comunidade de países democráticos e voltará a conviver com democracia
No fim de maio, o Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, nome oficial da junta, anunciou que as próximas eleições no país estariam previstas para acontecer no último trimestre de 2015. De acordo com o general Chon-ocha, a realização do pleito dependerá da reconciliação das forças políticas para solucionar a crise que assola o país desde 2006.
Apesar dos planos de aposentadoria para o fim deste ano, o general Chon-ocha é o principal nome e com maior apoio popular para assumir a liderança do próximo governo da Tailândia, segundo uma pesquisa publicada no jornal The Nation.
Após suspender a Constituição, proibir a realização de reuniões públicas, decretar toque de recolher, expandir a censura, ameaçar bloquear as redes sociais e deter 270 pessoas, o chefe da junta alegou que se trata de “medidas necessárias para separar os envolvidos na crise e frear o círculo de violência”.
Aos olhos de Prayuth, a Tailândia faz parte da comunidade de países democráticos e voltará a conviver com a democracia, mas antes precisa reformar o sistema político para “torná-lo mais justo”.
Este é o 12º golpe de Estado na Tailândia desde o fim da monarquia absolutista, em 1932. Ocorrida no último dia 22, a tomada de poder aconteceu para “reformar a estrutura política, a economia e a sociedade”, de acordo com Prayhuth.
NULL
NULL