Agência EFE
A escritora sul-africana durante uma visita a Havana, capital de Cuba, em fevereiro de 2010.
A escritora sul-africana e prêmio Nobel de literatura, Nadine Gordimer, grande defensora da abolição do apartheid em seu país, morreu nesta segunda-feira (14/07) aos 90 anos, informou sua família. A sul-africana de origem judaica morreu enquanto dormia em sua casa de Johanesburgo na noite de domingo acompanhada por seus dois filhos, segundo um comunicado da família citado pela agência local de notícias SAPA.
Em 1991, aos 67 anos, Gordimer ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, e naquele momento foi a primeira mulher a vencê-lo em 25 anos. Nascida em Springs, uma cidade de vocação mineradora próxima a Johanesburgo, a escritora tratou em seus livros dos conflitos interétnicos e do apartheid, por isso o governo proibiu três de suas obras.
“Algumas pessoas dizem que me deram o prêmio não pelo que escrevi, mas por minha política. Mas eu sou uma escritora. Essa é mim razão para seguir vivendo”, declarou a sul-africana após receber o Nobel.
Sua defesa pela maioria negra fez com que Gordimer fosse uma das primeiras pessoas com que Nelson Mandela quis se encontrar após se tornar em 1994 o primeiro presidente negro da história da África do Sul.
Nos anos 80, publicou algumas de suas obras mais importantes: “A Soldier's Embrace” (1980), “O pessoal de July” (1981), “Something Out There” (1984), “A Sport of Nature” (1987), “A história do meu filho” (1990).
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