A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, decidiu demitir altos funcionários do governo por estarem ausentes do país em meio à grave crise causada pelo surto do ebola.
Uma ordem expedida pela chefe de Estado na última terça-feira (26/08) pune os agentes públicos que se recusaram a voltar à Libéria, desobedecendo, inclusive, uma ordem direta da Presidência.
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WikiCommons (arquivo/nov.2012)
Presidente Ellen Johnson Sirleaf exonerou funcionários que descumpriram ordem de voltar ao país para conter surto de ebola
Quando a epidemia do vírus, que já deixou, segundo as estimativas mais recentes, 1.552 mortos no continente africano, começou a se agravar no país, uma série de oficiais do governo deixou a Libéria.
Diante desse cenário, a presidente despachou uma ordem em 6 de agosto convocando o retorno dos funcionários que haviam deixado o território nacional — alertando que “medidas extraordinárias eram necessárias para a sobrevivência do nosso Estado”.
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O comunicado expedido pela presidência na última terça-feira (26/08) não detalha nem quantos nem quais foram os funcionários públicos demitidos. No entanto, fontes governamentais disseram à agência AFP que ministros de Estado não foram exonerados, apenas alguns vice-chefes de pastas e oficiais seniores do governo.
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“Todos os funcionários que ocupam cargos ministeriais ou equivalentes, sênior e júnior, diretores-executivos, diretores-assistentes, comissários, etc e que violaram as ordens estão desde já dispensados de suas funções”, despachou a presidente Ellen Johnson Sirleaf.