Devastada por 50 dias durante a operação “Margem Protetora”, a reconstrução da Faixa de Gaza custará cerca de € 6 bilhões (R$ 17 bi) e deve demorar cinco anos se Israel suspender o bloqueio ao território sitiado, declararam nesta quinta-feira (04/09) analistas da Autoridade Palestina em um relatório.
Efe
Segundo ONU, foram destruídas cerca de 40.000 moradias, 141 escolas, 29 hospitais, dezenas de fábricas durante ofensiva iraelense
Ontem, a Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, responsável por fornecer assistência aos palestinos, havia argumentado que os trabalhos de reconstrução em Gaza custariam “no mínimo US$ 4 bilhões (R$ 9 bi)”.
Antes da operação Margem Protetora, “a economia de Gaza já estava em um estado de total decadência, por causa dos efeitos de sete anos de bloqueio israelense e das ofensivas militares do Estado de Israel em 2008 e 2012”, afirmou Mahmud Elkhafif, coordenador da agência das Nações Unidas, à AFP.
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No dia 26 de agosto, Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo permanente após reuniões no Egito. Em entrevista coletiva em Ramalah, Mahmoud Abbas afirmou que a ANP apoia a proposta egípcia para o fim das hostilidades que, segundo o jornal israelense Haaretz, também foi aceita por Israel. O conflito já durava um mês e meio.
Em paralelo ao fim das hostilidades, o acordo estipula também a abertura das passagens fronteiriças entre Gaza e Israel de modo que permita a aceleração da chegada de ajuda humanitária e do material para a reconstrução da Faixa. O pacto também permite que os pescadores palestinos possam trabalhar em um raio de seis milhas em torno do litoral.
De acordo com a ONU, foram destruídas cerca de 40.000 moradias, 141 escolas, 29 hospitais, dezenas de fábricas e terras cultivadas durante a ofensiva israelense em Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, o número total de mortos superou os 2.110 no conflito.
Veja iniciativa de jornalista palestino, com o “desafio do balde de escombros“: