O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou neste domingo (07/09) que dentro de três dias apresentará um plano detalhado para enfrentar a “ameaça” do Estado Islâmico (EI) e “finalmente” derrotá-lo”.
“Vou preparar o país para que façamos frente à ameaça de EI”, disse Obama em entrevista ao programa “Meet the Press”, da NBC.“Vamos reduzir o território que o EI controla e finalmente vamos derrotá-los”. “O que quero que as pessoas entendam é que, durante os próximos meses, não só vamos ser capazes de parar o avanço de EI. Vamos atingir de maneira sistemática suas capacidades”, acrescentou Obama.
Efe
Apesar das declarações, presidente norte-americano nega envio de tropas
Contudo, o presidente ressltou que o pronunciamento previsto para quarta-feira “não será um anúncio de envio de tropas” e negou que será algo “equivalente” à Guerra do Iraque. “É similar ao tipo de campanhas contra o terrorismo nas quais fomos nos envolvendo nos últimos seis, sete anos. Acho que uma ampla coalizão regional e internacional será capaz encarar o problema”, argumentou.
Em uma reunião da Otan na sexta-feira (05/09), Estados Unidos e outros nove países – Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Dinamarca, Austrália, Turquia, Canadá e Polônia – discutiram a respeito da criação de uma coalizão para lutar contra os islamitas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, mas que exclui a possibilidade de uma ofensiva terrestre, segundo a AFP.
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Além disso, fontes diplomáticas revelaram à Reuters que a Liga Árabe vai apoiar as iniciativas dos Estados Unidos contra o Estado Islâmico e que concordaria com uma resolução de apoio à campanha aérea norte-americana contra o grupo. A agência de notícias oficial do Egito, Mena, citou uma fonte dizendo que os ministros concordariam em trabalhar com os EUA.
Neste domingo, a aviação norte-americana bombardeou posições do Estado Islâmico nos arredores da represa de Haditha, no Iraque. “A perda do controle da represa e as inundações que poderiam causar ameaçariam tanto funcionários e propriedades dos Estados Unidos em Bagdá e seus arredores, como milhares de cidadãos iraquianos”, declarou o porta-voz do Pentágono, almirante John Kirby, citado pela Efe.
Em resposta, o grupo jihadista executou nesta tarde um alto escalão da inteligência iraquiana na cidade de Mossul, no norte do país, depois de mantê-lo sob custódia por dois meses. O tenente-coronel foi fuzilado em aplicação de uma “sentença” emitida por um tribunal religioso estabelecido pelo Estado Islâmico.