* Atualizada às 12h10
Em decisão inédita dentro da União Europeia, o recém-eleito governo de centro-esquerda da Suécia vai reconhecer o Estado da Palestina, anunciou o primeiro-ministro, Stefan Löfven, nesta sexta-feira (03/10), segundo a Reuters.
Efe
Líder social-democrata Stefan Löfven comemora vitória do partido esquerdista em Estocolmo
“O conflito entre Israel e a Palestina só pode ser resolvido com uma solução de dois Estados, negociada de acordo com a lei internacional”, declarou Löfven durante seu discurso inaugural no Parlamento. “Uma solução de dois Estados requer o reconhecimento mútuo”, acrescentou.
A oposição de esquerda representada por Löfven venceu eleições legislativas em meados de setembro passado, em meio a um aumento de votos para extrema-direita no país.
Dentro da União Europeia, alguns países como Hungria, Polônia e Eslováquia também reconhecem a Palestina, mas todos haviam decidido isso antes de passarem a fazer parte do bloco, em 2004, segundo o Haaretz.
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Em 2012, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou o reconhecimento de fato do Estado soberano da Palestina, mas países de blocos como a União Europeia não haviam feito o mesmo.
É provável que países que apoiam Israel – como Estados Unidos – critiquem a decisão. Por outro lado, a medida deve ter amplo apoio de palestinos e dos países árabes em geral.
Neste ano, a operação “Margem Protetora” de Israel na Faixa de Gaza deixou mais de 3000 palestinos mortos, além de 70 baixas entre israelenses, durante 50 dias de conflito entre as Forças Armadas e o grupo islamita Hamas.