Em um ataque sem precedentes no Chade, o grupo islamita nigeriano Boko Haram matou pelo menos dez pessoas na madrugada desta sexta-feira (13/02). Para atravessar a fronteira ao país vizinho, os militantes usaram canoas e lanchas.
EFE
Ônibus na cidade nigeriana de Lagos com propaganda do governo: 'nós derrotaremos Boko Haram'
O atentado aconteceu na cidade de Ngouboua, situada às margens do lago Chade, que abriga mais de 7 mil refugiados. Apesar de o alvo dos jihadistas ter sido um acampamento militar, a maioria dos mortos representa população civil.
O massacre ocorre em meio a uma operação multinacional liderada pela Nigéria e Chade para expulsar o Boko Haram de seus principais redutos no nordeste nigeriano. O Exército chadiano já iniciou uma operação para perseguir os autores do crime.
NULL
NULL
Nos últimos dias, as tropas do país vizinho realizaram diversos ataques aéreos contra posições de insurgentes nos últimos dias, matando 250 supostos membros na fronteira entre Nigéria e Camarões.
Em represália, o Boko Haram intensificou as incursões no Níger e Camarões. Na semana passada, o grupo assassinou pelo menos cem civis na cidade camaronesa de Fotokol. Para combater os militantes, a União Africana já autorizou uma força regional de 7,5 mil soldados.
Em atividade há mais de cinco anos, o grupo já matou milhares no nordeste nigeriano, mas por conta dos recentes contra-ataques da coalizão formada pelos países africanos vizinhos, os insurgentes passaram a investir militarmente para fora dos limitesda Nigéria.