A Volkswagen anunciou nesta quarta-feira (23/09) que o presidente-executivo Martin Winterkorn pediu demissão do cargo, após o escândalo da falsificação da taxa de emissão de poluentes em 11 milhões de veículos a diesel, pelo qual ele admitiu ser responsável.
A marca falsificou os testes emissão de poluentes com a instalação de um dispositivo de trapaça: seus veículos emitem uma quantidade de dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio de cinco a 40 vezes superior ao permitido pela legislação dos EUA.
Agência Efe
Em vídeo no site da Volkswagen, o CEO Martin Winterkorn disse: “manipulação na Volkswagen nunca acontecerá outra vez”
Segundo a montadora, que deverá pagar um valor de até 12 bilhões de libras (o equivalente a R$ 72 bilhões) e enfrenta uma série de investigações da Agência de Proteção do Meio Ambiente dos EUA – além de uma possível investigação criminal na Alemanha -, outros executivos serão demitidos.
Em entrevista coletiva, Winterkorn afirmou que não estava ciente de nenhum malfeito de sua parte, mas aceitava a “responsabilidade pelas irregularidades que foram encontradas nos motores a diesel e que, portanto, levaram ao Conselho [da montadora] a concordar em encerrar minhas funções como presidente-executivo do grupo Volkswagen”.
NULL
NULL
“A Volkswagen precisa de um recomeço, também em termos de fucionários. Estou abrindo o caminho para esse recomeço com minha resignação”, completou ele.
As investigações ainda não conseguiram determinar se Winterkorn estava ciente do dispositivo de que permitiu os veículos a fraudarem o teste de emissão de poluentes.
O valor de mercado da Volkswagen caiu drasticamente desde que a fraude veio a público, na última sexta (18/09). A denúncia foi feita pela própria agência de Proteção do Meio Ambiente estadounidense.