A Rússia proibiu nesta sexta-feira (13/11) os voos da companhia aérea egípcia Egyptair por questões de segurança após a catástrofe no final de outubro na Península do Sinai de um avião russo com 224 passageiros a bordo.
A Rosaviatsia, a agência russa de aviação civil, comunicou hoje ao Aeroporto Internacional de Domodedovo sua decisão, que entrará em vigor amanhã. Segundo ela, o motivo é a falta de um programa de segurança aérea na Egyptair, a principal operadora de voos entre os dois países.
Segundo um porta-voz de Domodedovo, o maior aeroporto do país, logo após saber da notícia, a Egyptair cancelou os voos. Pouco depois, o ministro de Aviação Civil egípcio, Mohamed Hossam Kamal, confirmou que eles foram cancelados.
EFE
Um grupo de peritos de diversos países esteve no local onde caíram os destroços do avião
Em uma nota emitida pela Mena, agência oficial de notícias, ele explicou que, após o aviso, a companhia decidiu suspender um voo previsto para amanhã e devolver o dinheiro das passagens para as pessoas que reservaram esse voo e os próximos entre Cairo e Moscou, e vice-versa.
Nem o ministro nem a site de Egyptair informam até que dia a medida estará vigente.
A decisão da Rosaviatsia foi tomada depois que supostamente o grupo jihadista Estado Islâmico ameaçou a Rússia com atentados terroristas em um vídeo, cuja autenticidade não foi confirmada pelo Kremlin.
NULL
NULL
Em 6 de novembro, o presidente russo, Vladimir Putin, determinou a suspensão de todos os voos ao Egito, o principal destino turístico para os russos, depois de a mesma medida já ter sido tomada pelo Reino Unido. Nesta semana, o Kremlin informou que a suspensão permanecerá até o Egito garantir as medidas de segurança exigidas pelas autoridades russas.
Contudo, o ministro de Transporte, Maxim Sokolov, disse nesta semana que a Rússia carece de “provas fidedignas” que respaldem a versão dos EUA e do Reino Unido que um atentado terrorista foi a causa da queda do Airbus.
“Nem a comissão governamental nem a comissão técnica dispõem até hoje de dados que comprovem ser um atentado terrorista”, disse.
A ramificação egípcia do grupo terrorista Estado Islâmico insistiu em reivindicar a ação contra o avião russo, embora não tenha fornecido detalhes.
Hoje, a companhia aérea russa Aeroflot informou que concluirá em 1º de dezembro os voos de retorno dos turistas que ainda estão no Egito.