Centenas de milhares de manifestantes pró-Palestina começaram a marchar neste sábado (27/04), no centro de Londres, em protesto contra as hostilidades israelenses e pedindo cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Organizada pela Campanha de Solidariedade à Palestina (PSC, na sigla em inglês), a passeata começou na Praça do Parlamento no início da tarde e, em um percurso pela estrada de Whitehall, terminou no Hyde Park, onde os discursos foram proferidos.
O grupo organizador realiza uma campanha pelo fim das operações israelenses, em meio à insistência das autoridades de Tel Aviv em continuarem atacando a região. Após mais de 200 dias desde que Israel passou a intensificar suas agressões na Palestina, o Ministério da Saúde local contabilizou mais de 34 mil mortes no enclave.
HAPPENING NOW in London!
Massive protest in support of Palestine!
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— sarah (@sahouraxo) April 27, 2024
De acordo com a imprensa britânica, os manifestantes chegaram a aplaudir os universitários do Reino Unido e dos Estados Unidos por seus protestos contra o genocídio em Gaza.
No palco, o embaixador palestino no Reino Unido, Husam Zomlot, garantiu que “a mudança virá, campus por campus, cidade por cidade, país por país”.
“A maré está virando porque este é um movimento global de mudança, uma afirmação global do poder popular, do poder das pessoas”, disse o representante.
Nas últimas semanas, os protestos passaram a tomar proporções em âmbito global pautados também na solidariedade com os grupos de estudantes nas universidades norte-americanas que repudiam a conduta de Israel em Gaza.
É a segunda semana em que os universitários – que agora contam também com o apoio de instituições europeias e australianas – pedem um cessar-fogo no enclave, bloqueio no financiamento a empresas que lucram com a ação militar de Israel, e rompimento de laços do Estado com Tel Aviv.
Uma das últimas a aderir ao movimento é a Universidade da Cidade de Nova York (CUNY, na sigla em inglês), onde centenas de estudantes montaram um acampamento no campus com faixas incluindo slogans como “Chega de Investimento no Apartheid”.
À Al Jazeera, Gabby Aossey, organizadora estudantil do protesto da CUNY, afirmou que “os jovens estão realmente começando a aparecer e exigir que as escolas sejam responsabilizadas por sua relação com a colonização israelense”.
Nos Estados Unidos, autoridades universitárias tentaram reprimir os protestos com o uso da polícia. Na Universidade de Columbia, onde mais de 100 ativistas foram presos pelas forças armadas há cerca de uma semana, líderes à favor da causa palestina alertaram que, se a instituição chamar novamente o Departamento de Polícia de Nova York, “inflamaria ainda mais o que está acontecendo no campus”.