O pré-candidato democrata Bernie Sanders criticou na noite de terça-feira (05/01) as relações entre sua principal rival na corrida à Casa Branca, Hillary Clinton, e a suposta conivência dela com as instituições bancárias dos Estados Unidos.
EFE
Bernie Sanders fez comício eleitoral no auditório Town Hall, em Nova York
Em comício, Sanders afirmou que “a corrupção, a avareza, a arrogância, a fraude e a desonra são as palavras que descrevem os negócios de Wall Street, que só se preocupa em satisfazer às corporações bancárias e destrói a classe média norte-americana”.
“Vamos acabar com esta realidade e o comportamento ilegal das corporações em Wall Street”, prometeu o segundo candidato nas intenções de votos da ala dos democratas, reportou a Agência Efe.
Durante sua fala no auditório Town Hall de Nova York, o senador pelo estado de Vermont recordou que se a crise financeira de 2008 esteve a ponto de acabar com a economia tanto do país, quanto do resto do mundo foi por culpa do governo de Bill Clinton (1993-2001), o qual classificou como “amigo dos titãs financeiros”.
NULL
NULL
Nas últimas semanas, Sanders tem feito críticas diretas a Hillary, primeira colocada entre os pré-candidatos democratas. A mais recente ocorreu no debate de novembro, em que ele acusou a adversária de obter respaldo empresarial em suas campanhas.
Na ocasião, o senador afirmou que se fosse presidente não obteria o afeto das grandes empresas e muito menos de Wall Street — uma crítica que arrancou aplausos do público.
“A cobiça de Wall Street está destruindo nossa economia”, afirmou Sanders. “É uma ameaça para a economia norte-americana e tem muito poder político”, acrescentou na ocasião, dirigindo-se à rival.
“Recebo muito mais doações de estudantes e professores que de Wall Street”, defendeu-se Hillary à época, com intuito de reivindicar suas políticas sociais.
Esta não é a primeira vez que Sanders e Hillary entram em uma discussão acalorada. No debate dos democratas de 14 de novembro, o senador de Vermont afirmou que a “desastrosa” invasão dos EUA ao Iraque em 2002 — sustentada à época por Hillary — levou a um vácuo de poder no Oriente Médio que favoreceu a criação de grupos como Estado Islâmico.