Pelo menos quatro pessoas morreram e dez ficaram feridas neste domingo (10/01) devido a um bombardeio no centro médico dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no norte do Iêmen, país que passa por um conflito civil entre o governo e forças xiitas houthis.
A MSF informou através de sua conta no Twitter que o centro atingido na região de Razeh, na província de Saada, que é o principal reduto dos houthis. A ONG denunciou ser o terceiro “incidente grave” dos últimos três meses.
Embora a autoria do ataque não tenha sido confirmada, nos últimos meses várias das instalações da MSF foram alvo dos bombardeios da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, contra os xiitas.
4 killed in missile strike on Medicins Sans Frontieres clinic in Yemen https://t.co/2VH9a2Ufd1 pic.twitter.com/L0EnAtU1f4
— RT (@RT_com) 10 janeiro 2016
Uma fonte do movimento houthi em Saada disse à Agência Efe que a aviação da coalizão efetuou o ataque e destruiu totalmente o hospital.
Este centro já havia sido bombardeado, mas continuou a funcionar após o primeiro ataque, que havia danificado apenas uma parte do edifício, segundo a fonte.
Os dez feridos foram transferidos ao Hospital Al Salam, na cidade de Saada, para receber tratamento. Ainda não se sabe se há médicos entre as vítimas.
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Além disso, os aviões da coalizão saudita bombardearam hoje um mercado popular na mesma região, causando a morte de três pessoas e ferindo cinco.
A emissora Al Masira, favorável à causa houthi, informou também que quatro pessoas de uma mesma família morreram em outro ataque aéreo da aliança contra uma casa no distrito de Manbah, perto de Razeh.
Agência Efe
Resultado de um bombardeio na capital iemenita, Sanaa
Em 3 de dezembro, a aliança militar saudita bombardeou um hospital de campanha da ONG na cidade iemenita de Taiz, que deixou nove pessoas feridas, sendo dois deles trabalhadores da MSF.
Em outubro, outro hospital apoiado pela MSF ficou completamente destruído após ser bombardeado no distrito de Haydan, em Saada.
Na ocasião, a Arábia Saudita negou que a coalizão teria bombardeado o hospital e criticou a ONU por ter atribuído a eles o ataque.
*com Agência Efe