O ministro de Cultura da Cidade de Buenos Aires, Darío Lopérfido, que causou polêmica ao questionar o número de mortos durante a ditadura argentina, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (06/07).
O ex-ministro da capital argentina era alvo de críticas de movimentos de direitos humanos desde fevereiro deste ano quando, durante uma reunião cultural, disse que o número de desaparecidos na Argentina era menor do que a cifra estimada pelas organizações.
indiebogota / Flickr CC
'Na Argentina não houve 30 mil desaparecidos. Foi uma mentira que se construiu para obter subsídios', disse Darío Lopérfido
“Na Argentina não houve 30 mil desaparecidos. Foi uma mentira que se construiu em uma mesa para obter subsídios que eram dados”, declarou o então ministro à época, dizendo que o número seria de 8.000.
NULL
NULL
A afirmação gerou repúdio de entidades como a Associação das Avós da Praça de Maio e personalidades como o ativista argentino e Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel e o cantor brasileiro Chico Buarque. Uma carta chegou a ser lançada pedindo a renúncia de Lopérfido.
Em entrevista a uma rádio local, Lopérfido alegou que sua fala havia sido retirada do contexto e que citou fontes que considerava confiáveis para basear seu comentário.
A renúncia de Lopérfido foi aceita pelo governador da cidade, Horacio Rodríguez Larreta, que disse que o manterá como diretor artístico do Teatro Colón e na presidência da OLA (Ópera Latinoamérica).