Nesta sexta-feira (16/12), o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, alertou o presidente da França, Nicolas Sarkozy, a respeito de uma lei sobre o genocídio armênio.
Por meio de uma carta, Erdogan afirmou que a lei, caso seja aprovada na França, poderá provocar consequências graves nas relações bilaterais dos dois países. Erdogan pediu ainda “bom senso”, acima de “questões políticas”.
A lei deverá ser votada no próximo dia 22 e prevê uma punição de um ano de prisão e 45 mil euros (R$ 108 mil) para quem negasse classificar como “genocídio” os massacres de armênios pelo Império Otomano em 1915.
“A aprovação desta lei poderia trazer graves consequências em todas as áreas das relações turco-francesas, incluindo as políticas, as econômicas e as culturais”, afirmou o premiê, que ainda classificou a lei como hostil.
“A lei se dirige diretamente contra a República da Turquia, contra a nação turca e contra a comunidade turca na França, além de expressar certa hostilidade”, completou na nota.
Outro ponto citado por Erdogan diz respeito ao número de armênios na França: meio milhão de pessoas. Dessa forma, segundo o primeiro-ministro, a lei poderia ter uma clara motivação política.
Além do pedido pessoal de Erdogan, uma delegação turca deverá ir até Paris com o objetivo de convencer os deputados do país a não votarem a polêmica lei.
Acredita-se que cerca de 1,5 milhão de armênios foram mortos à época do massacre. A Turquia alega que o número é exagerado e que as medidas à época foram tomadas para que a soberania nacional fosse preservada.
NULL
NULL
NULL