Foto: gaelx, sob licença Creative Commons
Com máscaras de esqui e vestidos coloridos, guitarras e microfones nas mãos, elas desafiam o poder e a polícia em Moscou, cantando versos profanos e provocatórios, convencidas de que “a revolução na Rússia deve ser feita principalmente pelas mulheres”. O Pussy Riot, coletivo “punk de feministas radicais”, como se autodefinem, tem um objetivo simples e ambicioso: “combater o macho Putin, rompendo com a cultura paternalista e sexista que ainda impera na Rússia”.
Suas performances lhes renderam fama internacional: a primeira, em janeiro, quando sob o frio de -10 oC se apresentaram na Praça Vermelha, em Moscou, cantando a música de protesto “Putin Vososal” (algo como “Putin mijou nas calças”), e a segunda no dia 21 de fevereiro, quando subiram ao altar da principal igreja ortodoxa de Moscou, a Catedral do Cristo Salvador, e cantaram “Santa Merda, uma oração punk”, invocando a ajuda dos céus para “escorraçar Putin”.
“Relançar as instâncias feministas formuladas no século XX, renovar o espírito punk e lutar pela igualdade de direitos” são as batalhas do coletivo. Segundo elas, “o país vive uma estagnação política e econômica infernal. (…) As pessoas estão cansadas (…) e a situação atual é muito mais preocupante para o governo, porque a mudança chegará de qualquer maneira. Querendo ou não, já está acontecendo.”
O perfil completo do coletivo Pussy Riot, em italiano, pode ser lido no site Giornalettismo.
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