Classe média sofre. Imagem via x-ray delta one
Uma década de desastres nos Estados Unidos – o 11 de setembro em 2001, o furacão Katrina em 2005, e vários terremotos esparsos por todo o país – e os temores pela suposta previsão dos maias para o fim do mundo em dezembro deste ano têm aquecido o mercado de abrigos subterrâneos no país. “Há um crescimento exponencial no interesse dos consumidores”, confirma Robert Vicino, proprietário de uma construtora que pretende abrigar seis mil pessoas em suas estruturas subterrâneas. Uma vaga em um dos seus “luxuosos” abrigos coletivos custa 10 mil dólares. Mas os menos abastados podem comprar uma vaga para suas células reprodutivas, que serão conservadas dentro dos abrigos em “câmaras criogênicas”. “Se você não sobreviver, pelo menos a sua linhagem genética tem uma chance”, diz Vicino.
Segundo o site da Smithsonian Magazine, várias construtoras de abrigos anti-desastre oferecem estruturas projetadas para suportar uma série de potenciais catástrofes: a queda de um cometa, um super vulcão, gripe aviária, tempestades solares, ciber-terrorismo, super tempestades de granizos gigantes, colisões estelares ou colapso econômico global. Os clientes podem escolher entre cápsulas anti-tsunami, mini pirâmides à prova de tornado ou apartamentos de luxo resistentes a catástrofes em geral.
Para o escritor Stephen O'Leary, os abrigos anti-desastre, febre nos EUA durante a Guerra Fria, seriam uma “magnificação do nosso medo da morte”. Para o resto do mundo, eles parecem mais uma manifestação extravagante do senso de culpa dos estadunidenses, que em poucas centenas de anos teriam acumulado um carma que nem uma chuva de meteoros seria capaz de compensar.
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