Após cada evento envolvendo assassinatos coletivos nos Estados Unidos, o debate sobre a facilidade de acesso às armas pelos cidadãos americanos ressurge. Após o massacre na escola de Newtown, Connecticut, onde morreram 26 pessoas, não será diferente.
Uma pesquisa sobre o tema, porém, foi publicada pela revista Mother Jones em sua edição de setembro, e atualizada no site da publicação após os crimes de 14 de dezembro. Segundo o levantamento da reportagem, nos últimos 30 anos, os Estados Unidos registraram 62 casos de massacres, sendo que apenas em 2012 ocorreram seis eventos, Além disso, o percentual de armas nas mãos de civis não para de crescer.
Em 1995, havia uma estimativa de 200 milhões de armas em mãos de particulares. Hoje, são cerca de 300 milhões, um salto de aproximadamente 50%. A população dos EUA, agora de mais de 314 milhões de pessoas, cresceu cerca de 20% no mesmo período. Com esse ritmo assustador, haverá uma arma para cada homem, mulher e criança antes de a década terminar.
Nos últimos quatro anos, em 37 estados do país, a NRA (The National Rifle Association) e seus aliados políticos criaram 99 leis para facilitar o porte e transporte de armas de fogo, e dificultar o acompanhamento dos registros feito pelo governo. Conclui-se, através da análise desses massacres, que não existe nenhuma evidência que prove a ajuda de americanos armados nessas situações. O que se percebe é uma relação entre a proliferação de armas de fogo e um aumento desse tipo de atentado, fora a informação de que 80% dos matadores nessa pesquisa obtiveram suas armas de forma legal.
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