A Suécia quer vender ao Brasil seus caças de combate “pela metade de preço” dos de França e Estados Unidos, com a garantia de transferir tecnologia e oferecendo a possibilidade de que o país sul-americano modifique e atualize o modelo, informaram hoje (17) fontes diplomáticas suecas.
Os Gripen NG da companhia sueca Saab concorrem com os Rafale da francesa Dassault e os F-18 Super Hornet da norte-americana Boeing em uma licitação para a compra de 36 aviões para a frota da Força Aérea Brasileira (FAB).
Em entrevista coletiva concedida hoje em Brasília, o vice-ministro da Defesa da Suécia, Hakan Jevrell, também ofereceu um “financiamento bastante propício”, caso o Brasil escolha o Gripen NG.
Jevrell disse que a Suécia não procura compradores, mas “parceiros estratégicos” e assegurou que a Saab está totalmente comprometida com a transferência de tecnologia, um dos requisitos básicos para a escolha do vencedor da disputa.
“A Suécia pode oferecer um programa de desenvolvimento conjunto de uma aeronave, com a Embraer, que tem como principal característica a capacidade de se adaptar às necessidades específicas de cada usuário”, afirmou o ministro sueco.
Segundo Jevrell, a proposta da Saab é “muito atrativa” tanto pelo preço, como pela possibilidade de que o Brasil possa integrar novos sistemas “constantemente” durante os 40 anos de vida útil do Gripen NG.
Boeing, Dassault e Saab terão que apresentar suas propostas até segunda-feira, segundo o prazo dado pelo Ministério da Defesa.
No entanto, as autoridades brasileiras já deram sinais de sua preferência pelos Rafale franceses, como anunciou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seu encontro com seu colega francês, Nicolas Sarkozy, há duas semanas.
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Lula chegou a anunciar o início de negociações para a compra dos caças franceses, mas depois esclareceu que esse gesto não supunha a vitória da licitação pela França, país com o qual Brasil assinou outro acordo militar para a compra e construção em solo brasileiro de cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear.
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