O Chile foi atingido por dois novos tremores na manhã de hoje (5), sendo que o segundo ultrapassou os 6 graus de magnitude na escala Richter. O mais forte aconteceu a 48 quilômetros da costa de Concepción, uma das regiões mais atingidas pelo poderoso terremoto de sábado passado. O sismo aconteceu às 6h19 e, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro foi no mar. Minutos antes do tremor, às 6h08, houve outro, de 4,7 graus e com epicentro em terra firme perto de San Rosendo, cerca de 570 quilômetros ao sul de Santiago. Durante a madrugada houve outros terremotos, o primeiro às 00h34 e de 5,7 graus.
Geraldo Caso/Efe
Chilenos permanecem nas ruas de Concepcíon após novo tremor
A energia elétrica chegou a ser cortada por alguns minutos em Concepción e, embora a cidade esteja sob toque de recolher até o meio-dia, várias pessoas foram às ruas com medo do tremor, de cerca de um minuto de duração.
A Marinha chilena descartou minutos depois a possibilidade de uma onda gigante. “As características do sismo não reúnem as condições para gerar um tsunami”, assinalou o comunicado.
Luto
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, decretou, ontem (3), três dias de luto pelas 802 mortes provocadas pelo terremoto que atingiu o país. O primeiro dia do luto oficial será neste domingo (7).
Bachelet sugeriu ainda que os chilenos coloquem a bandeira nacional na porta das casas em solidariedade às vítimas do desastre que abalou o país. As declarações foram anunciadas no palácio presidencial La Moneda pelo secretário do Interior, Patrício Rosende, que ainda leu parte da lista dos 279 mortos já identificados do terremoto.
Números
O Chile fará uma análise do número de mortos no terremoto de sábado passado, que segundo o último balanço do Ministério do Interior chega a 802. “Pedimos ao SML (Serviço Médico Legal) que faça uma análise muito exaustiva para saber definitivamente qual é o número exato de mortos”, disse a presidente Bachelet.
Durante uma visita à região de Maule, uma das mais atingidas pela tragédia, Bachelet foi informada de que pode haver diferenças entre o número de vítimas do Exército e do Escritório Nacional de Emergência (Onemi).
Segundo a presidente, a discrepância pode ser atribuída ao fato de que em alguns municípios se teria somado ao número de mortos os desaparecidos. Assim, o balanço dos serviços de proteção civil na região de Maule chegaria a 587, enquanto o de militares seria de 316.
O subsecretário do Ministério do Interior, Patrício Rosende, divulgou hoje a lista oficial de corpos identificados, que chegam a 279, mas não esclareceu se a apuração total do número de vítimas está errado.
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