O mês de março foi o mais violento desde que o presidente Felipe Calderón assumiu o poder em dezembro de 2006. O dado é do jornal local “El Universal”, que divulgou que cerca de 958 pessoas foram assassinadas no período.
Até então, os piores índices de violência eram os de janeiro deste ano e dezembro do ano passado, com 937 e 842 homicídios respectivamente.
Ainda de acordo com o jornal, a maioria dos casos está ligada ao crime organizado. Desde que Calderón iniciou a luta contra a criminalidade, 18.757 pessoas foram mortas.
O estado de Chihuahua, no norte do país lidera a lista dos mais violentos, com 670 mortes, quatro delas aconteceram nas últimas 24 horas. Sinaloa e Guerrero vêm em seguida com 155 e 109 assassinatos.
No último domingo, milhares de pessoas foram às ruas de Monterrey, no México, para participar da Marcha Pela Paz, movimento organizado pelo governador de Rodrigo Medina de la Cruz, contra a violência crescente.
O presidente, que concorda que algumas regiões do país são severamente afetadas pela violência acredita que os mexicanos enfrentam um problema de percepção, já que, na opinião dele, os relatos que divulgam as práticas de violência são “exagerados”.
Alarmismo internacional
Calderón fez questão de comparar os dados do centro de pesquisa Brookings Institution que mostram que no México ocorrem 11,5 homicídios por cada 100 mil habitantes, enquanto na Jamaica são 67, na República Dominicana, 50 e no Brasil, 22.
“Mesmo com estes números o Brasil conseguiu ganhar a disputa e vai sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa do Mundo em 2014”, argumentou.
Apesar de os números que comparam as taxas de violência entre os países não colocar o México entre os mais violentos, criou-se um alarmismo em torno do país em razão da relação entre os homicídios e o crime organizado.
Siga o Opera Mundi
no Twitter
NULL
NULL
NULL