A perfuração para tentar resgatar os 33 trabalhadores presos em uma mina há três semanas no Chile começará na madrugada desta segunda-feira (29/8), informaram os encarregados da tarefa no domingo. No entanto, embora o governo ainda esteja analisando opções para tentar encurtar o prazo da operação, ministro da Mineração chileno, Laurence Golborne, já desmentiu a possibilidade de conseguir salvar os mineiros em menos de três ou quatro meses.
Apesar de as autoridades terem o objetivo inicial de iniciar as perfurações no sábado, os trabalhos foram adiados em 24 horas porque foi necessário reforçar o terreno onde está sendo assentada a máquina de 30 toneladas que fará a escavação, explicou o responsável pelo equipamento, Andrés Sougarret.
“Estamos fazendo um reforço e pretendemos começar a operar essa máquina já na segunda-feira”, disse ele aos jornalistas.
Sougarret afirmou que a perfuração descerá 702 metros em linha reta até a galeria da mina. A tarefa, como já fora anunciado, deverá se estender por um período que pode variar de três a quatro meses.
Os 33 trabalhadores estão presos desde o dia 5 de agosto, a 700 metros de profundidade na mina de San José, em Copiapó, norte do país. Até agora, eles estão em boas condições de saúde e de ânimo.
O ministro de Saúde do Chile, Jaime Mañalich, que está no local, anunciou que os cinco homens que tinham acusado fortes sintomas de depressão estão melhorando, graças à ajuda dos companheiros e de novos jogos enviados através da sonda que possibilita o contato com a superfície.
Opções
No sábado (28/8), o ministro Golborne confirmou que o governo analisa “pelo menos dez opções diferentes” para o resgate, por instrução do presidente Sebastián Piñera, para tentar reduzir o prazo para a evacuação. No entanto, descartou a possibilidade de concluí-lo em menos de três meses.
“Até esse momento, não existem alternativas aceitáveis que poderiam antecipar a salvação dos operários”, declarou o titular.
Golborne também acrescentou que o governo deseja que os familiares dos trabalhadores retornem a suas atividades normais, mas que não fará nada para que deixem o acampamento Esperança, nas proximidades da mina.
*Com agências Efe e ANSA.
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