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Ciência e Tecnologia

A primeira imagem do buraco negro no centro da Via Láctea

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Astrônomos divulgam primeira representação visual do buraco negro Sagitário A*, localizado a 27 mil anos-luz da Terra

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-12T20:55:00.000Z

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Um time internacional de astrônomos divulgou nesta quinta-feira (12/05) a primeira imagem do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, conhecido como Sagitário A* (Sgr A*). A imagem foi obtida a partir de uma rede de oito radiotelescópios espalhados pelo mundo, incluindo o Alma, no Chile.

Os astrônomos já suspeitavam da presença do Sgr A* pela existência de estrelas em órbita de algo invisível, compacto e muito massivo no centro da Via Láctea.

"Durante décadas, sabíamos de um objeto compacto que está no coração de nossa galáxia e é quatro milhões de vezes mais massivo que o nosso Sol", disse a astrônoma Sara Issaoun, da Universidade de Harvard, em uma coletiva de imprensa em Garching, na Alemanha. "Hoje, neste exato momento, temos evidências concretas de que este objeto é um buraco negro", acrescentou.

A imagem é a primeira representação visual direta da presença desse objeto, que é invisível a olho nu. Embora esteja dentro da Via Láctea, galáxia na qual fica o nosso sistema solar, o buraco negro está localizado a cerca de 27 mil anos-luz da Terra – em comparação, o Sol está a pouco mais de 8 minutos-luz da Terra.

Segunda imagem de um buraco negro

O trabalho envolveu mais de 300 cientistas no consórcio Event Horizon Telescope (EHT), que em abril de 2019já havia revelado a primeira imagem de um buraco negro, o M87*, situado no centro da galáxia Messier 87.

"O EHT pode ver três milhões de vezes mais nítido que o olho humano", explicou o cientista alemão Thomas Krichbaum, do Instituto Max Planck de Radioastronomia.

Event Horizon Telescope collaboration
Imagem não é do buraco negro em si, mas de sua sombra rodeada por uma estrutura anelar brilhante formada por gás

A foto divulgada nesta quinta, assim como a de 2019, não é do buraco negro em si, uma vez que é ele invisível, com forças gravitacionais tão extremas que não deixam nada escapar, nem mesmo a luz.

O que se vê é a sua sombra rodeada por uma estrutura anelar brilhante formada por gás, explica um comunicado do Observatório Europeu do Sul, que opera o radiotelescópio Alma. "Esta nova imagem captura a luz que se curva sob a enorme força da gravidade do buraco negro", diz o texto.

A imagem foi obtida depois de os dados recolhidos das observações feitas em 2017 terem sido processados e analisados durante cinco anos com o auxílio de supercomputadores.

Buracos negros semelhantes

Apesar de os buracos negros Sgr A* e M87* serem muito parecidos, o do centro da Via Láctea é cerca de mil vezes menor e menos massivo do que o da galáxia Messier 87. Em ambos os casos, o gás circundante move-se à mesma velocidade, quase à velocidade da luz. No entanto, o gás leva entre dias e semanas para orbitar o M87* e apenas minutos para completar uma volta em torno do Sgr A*, tornando o brilho e o padrão do gás muito variáveis.

Para capturar a imagem, o EHT observou Sgr A* por várias noites por muitas horas seguidas, o mesmo processo usado para produzir a primeira imagem de um buraco negro em 2019.

Apesar de estar mais perto da Terra, ainda era difícil capturar a imagem. O brilho e o padrão do gás ao redor de Sgr A* mudavam rapidamente à medida que a equipe o observava.

"Era um pouco como tentar tirar uma foto nítida de um filhote correndo rapidamente atrás de seu rabo", brincou o cientista do EHT Chi-kwan Chan, da Universidade do Arizona.

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Política e Economia

Economia e ecologia: os dois principais desafios do segundo mandato de Macron

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Novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-05-28T17:06:00.000Z

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Menos de uma semana após o anúncio do novo governo francês, as principais revistas do país enumeram os desafios que esperam a equipe da primeira-ministra Élisabeth Borne. Além das questões econômicas, apresentadas como prioridade diante de uma crise de poder aquisitivo que irrita a população, essa nova gestão também promete ser marcada por pautas ambientais, mobilizando vários membros do governo. 

Com a manchete “A grande crise econômica que nos ameaça”, Le Point dá o tom do que espera o governo francês. A revista semanal traz uma grande reportagem sobre o tema da inflação e da recessão que atingem boa parte do mundo e tenta explicar o impacto desse panorama nada otimista na França.

“Nós pensávamos que 2022 seria uma continuidade de 2021, ano da retomada econômica, com um crescimento de 7% no país”, resume o texto. Mas isso foi sem contar com os aspectos geopolíticos que estremeceram um contexto menos estável do que parecia. “A guerra na Ucrânia e as sanções econômicas contra a Rússia jogaram óleo quente em um fogo que estava calmo. De uma hora para outra, os preços das matérias-primas, da energia e os alimentos se inflamaram”, aponta Le Point.

Diante desse panorama, o novo governo francês tem um duplo desafio: reduzir o desemprego e melhorar o poder de compra da população em um país com crescimento estagnado. “Élisabeth Borne vai precisar de toda a sua experiência com ex-ministra do Trabalho para navegar nas águas turvas da economia francesa”, anuncia a reportagem.

Reprodução/ @EmmanuelMacron
Após reeleição, Macron anunciou um novo governo na França

Além disso, como aponta a revista L’Express, esse novo governo ainda tem pela frente o desafio de provar que pode melhorar a economia do país e ser ecológico ao mesmo tempo. Para isso, não apenas uma, mas duas ministras vão concentrar seus esforços nas questões ambientais: Amélie de Montchalin, que assumiu a pasta da Transição Ecológica e da Planificação dos territórios, e Agnès Pannier Runacher, com à frente da Transição Energética. Para completar, a própria primeira-ministra vai dirigir o que Macron batizou de Planificação ecológica.

No entanto, nenhuma das três tem experiência concreta em assuntos ecológicos e as duas ministras tem um perfil claramente “liberal e pragmático”, o que preocupa algumas ONGs ambientais. A revista L’Obs, que também traz uma grande reportagem sobre os desafios ecológicos do segundo mandato de Macron, vai além e diz que as duas ministras, que têm um “pró-business”, nunca tiveram nenhum tipo de engajamento ambiental em suas carreiras.

Mas L’Obs lembra que mesmo se em seu discurso de vitória Macron prometeu transformar a França em uma “grande nação ecológica, o próprio chefe de Estado, durante sua primeira gestão, não esbanjou declarações ecológicas. A revista, que não cita as alfinetadas dadas pelo líder francês no presidente brasileiro Jair Bolsonaro, criticando a gestão na proteção da Amazônia, afirma que boa parte das promessas feitas por Macron sobre o meio ambiente durante seu o primeiro mandato não tiveram grandes resultados concretos.

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