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Coronavírus

Covid-19: AstraZeneca reconhece erro em dosagem nos testes da vacina de Oxford

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Dosagem errada aplicada em voluntários coloca em dúvida tanto eficácia da vacina, quanto transparência científica da farmacêutica

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2020-11-26T17:25:00.000Z

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O vice-presidente executivo da AstraZeneca, Menelas Pangalos, reconheceu na noite desta quarta-feira (25/11) que ocorreu um erro de dosagem na aplicação da vacina que a empresa desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford contra a covid-19.

É essa a vacina que o governo brasileiro pretende fabricar via Fiocruz caso seja eficiente na imunização contra o coronavírus.

As pesquisas da vacina de Oxford envolveram grupos que receberam taxas de dosagem diferentes. Um primeiro grupo, com cerca de 2.800 voluntários, recebeu meia dose da vacina e um mês depois uma dose completa. Um segundo grupo, com quase 8.900 voluntários, recebeu duas doses completas. Pesquisadores da empresa e da Universidade não souberam responder o motivo pela variação de doses.

Segundo o jornal New York Times, cientistas e especialistas afirmaram que tais irregularidades colocam em xeque a credibilidade do estudo e dos resultados, já que nesta segunda-feira (23/11), a AstraZeneca publicou um estudo dizendo que a vacina havia apresentado uma eficácia de 90%.

De acordo com o vice-presidente da farmacêutica, a ocorrência do erro não resultou em problemas para o desenvolvimento das pesquisas, podendo ser "bastante útil" ao estudo. "Não estava colocando ninguém em perigo. Foi um erro de dosagem. Todo mundo estava se movendo muito rápido. Corrigimos o erro e continuamos com o estudo, sem alterações, e concordamos com o regulador em incluir esses pacientes na análise do estudo também", disse.  

Wikimedia Commons
AstraZeneca reconheceu problemas nos testes com a vacina de Oxford

Entretanto, o que preocupa a comunidade científica são os números, pois o primeiro grupo apresentou uma taxa de eficácia imunizante em 90%, enquanto o segundo, que recebeu duas doses completas, apresentou 62%. À agência de notícias Reuters, Pangalos disse que o erro foi um "acaso positivo", apontando que os resultados foram uma "surpresa". 

Já ao New York Times, o executivo declarou que o erro foi cometido por uma empresa contratada e, logo que foi constatado o erro, os reguladores foram notificados e autorizados para dar continuidade no plano de testes com doses diferentes. 

Outro ponto é a informação em relação à idade dos voluntários. Pangalos disse que os participantes do primeiro grupo tinham 55 anos ou menos. De acordo com o jornal, essa informação poderia minar a vacina de Oxford para o uso emergencial, já que a meia dose não foi testada em pessoas mais velhas, que são o grupo de risco da covid-19.

A farmacêutica também juntou resultados de dois estudos que estavam sendo realizados de maneiras diferentes, um no Reino Unido e outro no Brasil. Essa junção de informações e erros foi relatada por especialistas como uma falta de transparência da empresa e da Universidade. 

Pangalos disse que pesquisadores da AstraZeneca estão trabalhando para publicar os dados em mídia científica para que outros cientistas possam revisar os resultados. "Acho que a melhor maneira de refletir os resultados é em um jornal científico revisado por pares", afirmou.

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Coronavírus

Primeiro carregamento de oxigênio sai nesta sexta da Venezuela e deve chegar a Manaus até domingo

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Serão enviados dois caminhões com cilindros de oxigênio acompanhados por escolta militar até a fronteira entre os dois países

Fania Rodrigues

Caracas (Venezuela)
2021-01-15T23:07:00.000Z

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O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, informou com exclusividade a Opera Mundi na noite desta sexta (15/01) que o primeiro carregamento de oxigênio para o Amazonas já foi autorizado e será despachado ainda hoje para o Brasil.

A carga vai sair da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar e viajará 1.500 km, por aproximadamente dois dias, até a capital amazonense. Essa primeira leva será transportada por via terrestre em dois caminhões e deverá chegar à cidade até domingo.

As formalidades do acordo de cooperação foram negociadas entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira.

Segundo Arreaza, a logística desse primeiro envio será fornecida pelo governo venezuelano. Mas, depois o governo amazonense deverá assumir a tarefa enviando mais caminhões do Brasil para buscar oxigênio na Venezuela.

O governo da Venezuela vai ofereceu ainda uma escolta militar para as cargas, que será acompanhada até a fronteira a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.

O ministro venezuelano informou ainda que o governo de Nicolás Maduro “vai fornecer oxigênio enquanto durar a situação de emergência do estado Amazonas”, o que impede, segundo ele, de precisar a quantidade fornecida da substância, tampouco o tempo da duração do convênio.

Dhyeizo Lemos/Fotos Públicas
Carregamento de oxigênio da Venezuela sai nesta sexta do país e deve chegar a Manaus até domingo

A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Essa planta industrial estava desativada e foi retomada no ano passado com esse objetivo. “O oxigênio que produzimos nessa fábrica é suficiente para atender essa região da Venezuela e ainda contribuir para aliviar a emergência do Brasil”, disse.

De acordo com Arreaza, a ação de solidariedade da Venezuela com o estado Amazonas está acima das diferenças ideológicas que possam existir entre os dois países. “Oferecemos ajuda ao governador do Amazonas porque os bolivarianos somos solidários, essa é uma ação humanitária que tem que estar acima das diferenças políticas. O que nos une é o objetivo de salvar vidas. Espero que o governo brasileiro entenda que é importante ter boa relação com os seus vizinhos”.

A Venezuela possui uma das menores taxas de contágios e mortes por covid-19 da América Latina, portando a assistência ao Brasil não afeta sua situação interna. O país investiu em ações preventivas e criou centros de diagnósticos rápidos, desafogando hospitais e clínicas.

Além disso, decidiu isolar todos os pacientes que testam positivo para o covid-19, evitando assim a propagação da doença. Atualmente, os hospitais e centros de atendimento de saúde operam com uma ocupação de leitos que varia entre 50 a 60% de sua capacidade.

Além disso, o país já assinou contrato com a Rússia para o fornecimento da vacina Sputnik V e deve começar a vacinação em fevereiro, segundo informações oficiais. Na primeira etapa serão vacinadas 10 milhões de pessoas, um terço da população de 30 milhões de habitantes.

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