As autoridades chinesas ampliaram nesta terça-feira (05/04) o lockdown em Xangai para abranger todas as 25 milhões de pessoas da cidade, na tentativa de conter o último surto da covid-19.
Até ontem, a medida era válida apenas para as regiões leste e oeste do centro financeiro chinês. Agora, todos os moradores não poderão deixar suas áreas residenciais.
O lockdown mais amplo ocorreu depois que os testes mostraram que os casos assintomáticos de covid-19 aumentarem para mais de 13 mil.
No último período de 24 horas, foram relatados 13.354 novos casos assintomáticos de covid-19 com transmissão local, o que elevou o número total de infecções para mais de 73 mil nesta última onda da doença, que começou em março passado.
“A prevenção e o controle da epidemia em Xangai estão no estágio mais difícil e crítico”, disse Wu Qianyu, autoridade da comissão municipal de saúde. “Precisamos aderir à política geral de liberação dinâmica sem hesitação, sem vacilar.” Hoje, cerca de 47,7 mil leitos foram instalados em uma série de hospitais temporários recém-construídos em Xangai e outros 30 mil estão em preparação.
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O lockdown mais amplo ocorreu depois que os testes mostraram que os casos assintomáticos de covid-19 aumentarem para mais de 13 mil
De acordo com Gu Honghui, vice-secretário geral do governo municipal, um total de 62 locais foram designados para quarentena temporária, incluindo hotéis, estádios, centros de exposições e treinamentos.
Todas as enfermarias do maior hospital temporário da cidade, no Xangai New International Expo Center, estão em uso e podem abrigar quase 15 mil pacientes infectados, segundo o governo municipal.
As autoridades chinesas informaram ainda que em um dia cerca de 4 mil pacientes foram admitidos na primeira área de quarentena para pais e filhos da cidade.