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Cultura

Após trabalhar em fábricas de 4 países, sociólogo analisa relações de trabalho no capitalismo

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No livro 'Marxismo Sociológico', Michael Burawoy relata experiência como operário em Zâmbia, Rússia, Hungria e EUA para fazer análise sobre relações de trabalho

Redação

2014-11-20T15:18:00.000Z

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No livro Marxismo Sociológico, o sociólogo britânico Michael Buroway desenvolve uma análise abrangente das relações de trabalho “no bojo da crise do capitalismo contemporâneo”. Esta é opinião do professor de sociologia da USP (Universidade de São Paulo) Ruy Braga, que escreve o texto de introdução da obra.




“Um dos grandes méritos do trabalho de Michael Burawoy é oferecer instrumentos conceituais e analíticos para a problemática das relações de trabalho na sociedade contemporânea”, afirma Ruy Braga.

Considerado principal sociólogo marxista vivo,  Michael Burawoy trabalhou como operário em uma mina de cobre na Zâmbia, em uma oficina nos EUA, em uma metalúrgica na Húngria e em uma fábrica de móveis na Rússia.

Com a experiência, o sociólogo foi capaz de situar os atores sociais, as comunidades e as relações de trabalho de forma mais ampla e abrangente na teoria crítica.

“A experiência do Michael é muito interessante porque não há registro na história da Sociologia de alguém que trabalhou como operário em países e continentes tão distintos. Sem dúvida, ele teve experiências - de campo e pesquisa - únicas”, afirma Ruy Braga.

Em Marxismo Sociológico, diz Ruy Braga, Michael Burawoy desenvolve uma teoria que "procura dar conta da reprodução das relações sociais de produção capitalista. Ou seja, uma teoria que enfatiza as estruturas de classe na sociedade capitalista”.

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Eleições 2021 no Peru

Peru: Castillo e Keiko se consolidam na liderança e preparam disputa no 2º turno

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Pedro Castillo reiniciou campanha e visitou cidade onde estudou quando criança, e Keiko Fujimori manteve reuniões políticas; Congresso peruano deve ser marcado por fragmentação

Rafael Targino

São Paulo (Brasil)
2021-04-14T20:30:00.000Z

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Com 94,91% das atas eleitorais já contabilizadas no Peru, os candidatos de esquerda Pedro Castillo (Peru Livre) e a direitista Keiko Fujimori (Força Popular) se consolidaram nas duas primeiras posições e estão em vias de se confirmarem no segundo turno das eleições no país.

Castillo já começou, inclusive, a campanha, tendo, nesta terça (13/03), visitado a cidade onde estudou quando criança – Chugur, a 920 km ao norte de Lima. Ele fez um chamado às forças de segurança e ao empresariado para que, nas palavras do candidato, “não se assustem” com um eventual governo do Peru Livre.

“Faço uma convocatória aberta às pessoas, à Polícia Nacional, que está dependendo de nossas ações; às Forças Armadas, ao grande empresariado, que nos sentemos para conversar, que não se assustem”, disse, de acordo com o La República.

Ele confirmou sua intenção de, se eleito, convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para fazer uma nova Carta Magna para o país, e reiterou o pedido de diálogo. “Sentemos para conversar. Deixemos de lado as posições partidárias. Não se deixem levar pelo que dizem, pela televisão, pelos jornais, porque há certos interesses. E é porque há temor do outro lado, porque sabe que vamos tirar a mamadeira deles”, afirmou.



Por outro lado, Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, manteve reuniões políticas em Lima para tentar angariar apoios para o segundo turno. De acordo com o jornal La República, um dos candidatos a vice de Keiko, Luis Galarreta, iniciou contatos com outros candidatos derrotados no primeiro turno. Segundo o periódico, há um movimento para tentar conversar com Hernando de Soto, de direita, e com Rafael López Aliaga, de extrema-direita e conhecido por ser membro da Opus Dei.

De Soto, no entanto, diz que o pior cenário para o país seria a vitória de Keiko. “O pior cenário para o país, não tenho a menor dúvida, é que a senhora K seja presidenta. Não vamos permitir porque não se trata de preconceitos, ódios ou desconfiança. Trata-se de provas concretas. Como a senhora K reivindicou abertamente a ditadura do senhor Fujimori […] Não condenou as esterilizações, a perseguição a líderes de oposição”, disse, a uma rádio local, segundo informações do República.

Reprodução
Pedro Castillo e Keiko Fujimori se consolidaram nas primeiras posições e devem passar ao segundo turno no Peru

Se o resultado se confirmar, será a terceira vez em que Keiko chega a um segundo turno. Em 2016, foi derrotada por muito pouco (apenas 0,24 ponto percentual) por Pedro Pablo Kuczynski. Entre uma eleição e outra, ela chegou a ser presa por denúncias de corrupção. O pai dela, o ex-ditador Fujimori, está preso por crimes contra a humanidade.

Congresso do Peru

O novo presidente, seja quem for, terá que lidar com um Congresso fragmentado – uma receita que ajudou a provocar uma instabilidade política no país e que resultou em quatro presidentes em quatro anos. Além disso, pela primeira vez, a ultradireita católica deverá estar representada no Parlamento.

Segundo a imprensa peruana, o Peru Libre, de Castillo, será a maior bancada, tendo de 30 a 35 assentos, seguido pela Força Popular, de Keiko, com algum número próximo de 24 deputados. A Ação Popular, do candidato derrotado Yohny Lescano, teria 14 congressistas e, por sua vez, a Renovação Popular, do ultradireitista católico Aliaga, deve conseguir 13 assentos.

O Legislativo peruano é unicameral e comporta apenas 130 deputados.

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