Encarregados de supervisionar o cessar-fogo no leste da Ucrânia, observadores da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) denunciaram nesta quinta-feira (20/11) que foram atacados por homens uniformizados na região de Donetsk, foco dos confrontos que já deixaram mais de 4 mil mortos.
Efe
Membro da OSCE observa escombros no leste ucraniano: desde março, órgão mobiliza civis de mais de 40 países
Inédito, o incidente aconteceu após membros da missão da OSCE, que se deslocavam dentro de dois veículos blindados, terem sido alvos de disparos provenientes de um caminhão. Não se sabe, contudo, se o ataque foi cometido por separatistas pró-Moscou ou pelo Exército de Kiev.
“Em razão de preocupações com a sua segurança, a missão especial de observação na Ucrânia deixou a área imediatamente”, declarou a organização em comunicado. Em geral, os veículos da OSCE são identificados com o nome do órgão escrito em preto sobre a carroceria branca.
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Nas últimas semanas, saltam denúncias de que tanto Kiev quanto os separatistas pró-Moscou romperam a trégua assinada durante o Acordo de Minsk, em setembro. De acordo com a ONU, cerca de mil pessoas morreram desde a instauração do cessar-fogo.
Em funcionamento desde março, a missão da OSCE conta atualmente com 280 integrantes, entre eles, 200 observadores civis vindos de 41 países.
No último fim de semana, líderes dos 19 países mais poderosos do mundo e da União Europeia se reuniram para o G20 na cidade de Brisbane, Austrália. Durante o encontro, o debate acerca da crise na Ucrânia se sobrepôs discussões sobre tópicos da economia – proposta primordial da cúpula.
Chefe do Kremlin, Vladimir Putin foi alvo de ameaças de sanções e acusações de que teria apoiado separatistas pró-Moscou com tropas e armamentos. Embora Putin negue qualquer envolvimento no conflito, ele deixou a cúpula mais cedo do que o previsto, sob a justificativa de que precisava “dormir um pouco antes de voltar ao trabalho na segunda”, alegando o longo voo para casa.