O governo colombiano justificou nesta quinta-feira (02/05) a decisão do presidente Gustavo Petro de anunciar o rompimento das relações diplomáticas com Israel por causa de sua ofensiva na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 34 mil mortos.
Em comunicado divulgado em Bogotá, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que a ruptura das relações “dirige-se exclusivamente à sua dimensão diplomática e nunca contra o povo israelense ou contra as comunidades judaicas, pois estamos unidos por laços históricos e por uma amizade que persistirá”.
El Presidente @petrogustavo informó que, a partir de hoy, 2 de mayo, Colombia rompe relaciones con el Estado de Israel para reafirmar su rechazo al genocidio del pueblo palestino.
“Si muere Palestina, muere la humanidad y no la vamos a dejar morir”, afirmó el mandatario en la… pic.twitter.com/HiMt2jgSAP
— Presidencia Colombia 🇨🇴 (@infopresidencia) May 2, 2024
O documento reitera que “a Colômbia nunca deixou de insistir na necessidade de obter um cessar-fogo, a libertação imediata dos reféns e a entrada de ajuda humanitária para a população de Gaza”.
Entretanto, tem visto “a fome atingir a população, a destruição de infraestruturas civis, a morte de centenas de trabalhadores humanitários, jornalistas, profissionais de saúde, mulheres e crianças, que continuam a ser vítimas da retaliação de Israel que não respeitou os princípios da distinção, da proporcionalidade e da precaução, a base do direito internacional humanitário”.
O governo colombiano destaca ainda que o país é “seriamente comprometido com a paz e rejeita e condena qualquer ato de violência”. “Consequentemente, juntou-se recentemente a outros 17 Estados no apelo à libertação imediata e incondicional dos reféns detidos pelo Hamas”.
O texto reforça ainda que, “infelizmente, nem os apelos da Colômbia nem da comunidade internacional foram ouvidos e as únicas coisas que o país e o presidente Gustavo Petro receberam foram insultos, acusações distorcidas de antissemitismo e atos hostis por parte do governo de Israel e dos seus representantes”.
“A Colômbia não pode ser cúmplice ou silenciosa ao manter relações diplomáticas com um governo que se comporta desta forma e enfrenta acusações tão graves de ter cometido genocídio, crimes de guerra e violações do direito humanitário internacional”, concluiu.
Em discurso durante manifestação de 1º de maio em Bogotá, Petro disse que o rompimento ocorrerá por Israel ter um governo e um primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, genocidas”.
(*) Com Ansa