Pelo menos 500 migrantes hondurenhos iniciaram nesta segunda-feira (14/01) uma nova caravana para os Estados Unidos (EUA), apesar dos apelos das autoridades do país para não migrarem por causa dos riscos da rota.
A saída da nova mobilização estava prevista para esta terça, mesmo assim os migrantes hondurenhos decidiram deixar o país na segunda-feira a partir da cidade de San Pedro Sula, ao norte de Honduras. A nova caravana pretende cruzar a Guatemala até chegar a fronteira entre México e EUA.
Esta é a segunda caravana que tem Honduras como ponto de partida, depois que em outubro um grupo de migrantes deixou o país para cruzar a América Central e todo o território mexicano, com o objetivo de chegar à fronteira com os EUA.
Miroslava Cerpas, do Centro de Investigação e promoção dos Direitos Humanos de Honduras (Ciprodeh) apontou que apesar da campanha de criminalização promovida pelo governo em torno da saída dos migrantes, eles estão determinados a empreender o caminho para os EUA.
Cerpas expressou sua preocupação pela presença de militares e policiais na rota realizada pelos migrantes hondurenhos, e disse que espelha que o governo de Honduras “respeite o direito à migração” dos compatriotas que decidiram sair do país.
A defensora de Direitos Humanos lamentou “a campanha promovida pelo Governo dos EUA” para convencer os hondurenhos a não emigrar, e denunciou que ao menos 300 pessoas abandonam o país diariamente.
Cerpas ressaltou que durante a viagem, os migrantes hondurenhos estão expostos a roubos, extorsões, sequestros e até assassinatos por parte de gangues criminosas.
Em Honduras, cerca de 68% da população vive em condições de pobreza, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Além disso, a violência debita uma média de 11 homicídios diários no país, segundo o Ministério da Segurança.
Wikimedia Commons
Esta é a segunda caravana que tem Honduras como ponto de partida, depois que um grupo de migrantes deixou o país em outubro para cruzar a Am