Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Direitos Humanos

Palestina denunciará Israel no Tribunal de Haia por assassinato de jornalista

Encaminhar Enviar por e-mail

Entidades e organizações internacionais pedem investigação ‘imparcial’ e ‘independente’; Shireen Abu Akleh foi alvejada na cabeça durante uma cobertura jornalística

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-05-11T21:34:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Autoridades palestinas declararam nesta quarta-feira (11/05) que irão denunciar Israel pelo assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh, correspondente palestina da emissora catari Al Jazeera, ao Tribunal Penal Internacional, em Haia. A decisão foi informada pelo ministro de Assuntos Civis, Hussein Al Sheikh, nas redes sociais. 

نحمل حكومة الاحتلال مسؤولية اغتيال الصحفية شيرين ابو عاقلة رحمها الله. وننفي ما اعلنه رئيس حكومة الاحتلال عن توجههم للسلطة الفلسطينية باجراء تحقيق في اغتيالها . ونؤكد ان السلطه الفلسطينية ستحول هذا الملف الى محكمة الجنايات الدوليه.

— حسين الشيخ Hussein Al Sheikh (@HusseinSheikhpl) May 11, 2022

O Ministério das Relações Exteriores do Estado da Palestina, por sua vez, exigiu que o TPI abra "imediata e urgentemente uma investigação sobre os crimes de Israel contra jornalistas e pessoal da mídia".

A pasta ainda afirmou que “Israel atacou e matou deliberadamente Shireen Abu Akleh, que é mais uma vítima da inação deliberada da comunidade internacional em responsabilizar Israel por seus crimes contínuos".

Israel deliberately targeted and assassinated Shireen AbuAqla. Shireen is another victim of the international community’s willful inaction to hold Israel accountable for its continued crimes; pic.twitter.com/ekDb6Qx1DM

— State of Palestine - MFA (@pmofa) May 11, 2022

“Com sua reportagem destemida e sua poderosa persistência, Shireen se tornou um ícone da verdade. Uma heroína nacional para aqueles cujas vozes foram silenciadas pelos crimes de Israel”, acrescentou o Ministério sobre a jornalista.

“Investigação imparcial e independente” 

Em entrevista à Al Jazeera, Sherif Mansour, coordenador do Programa do Oriente Médio e Norte da África do Comitê de Proteção a Jornalistas, pediu uma investigação “abrangente e transparente” sobre o crime contra a jornalista. 

“O momento é crucial aqui porque está acontecendo exatamente um ano depois que a ONU pediu uma investigação sobre as ações das autoridades israelenses contra pelo menos 28 meios de comunicação no ano passado”, afirmou Mansour, acrescentando que espera que esse caso "encoraje as capitais ocidentais" a se posicionar diante de autoridades israelenses.

O coordenador disse ainda que o comitê documentou pelo menos 18 casos de jornalistas mortos em Israel e nos territórios palestinos ocupados desde 1992, acrescentando que “não houve justiça” em nenhum desses casos.   

Twitter/@ShireenNasri
Jornalista palestino-americana Shireen Abu Aqleh, uma das estrelas do canal Al Jazeera, morreu ao ser atingida por tiros nesta quarta

Já o porta-voz chefe do serviço diplomático da União Europeia, Peter Stano, afirmou que uma investigação "completa e independente” deve acontecer de forma a “esclarecer todas as circunstâncias desses incidentes o mais rápido possível e que os responsáveis sejam levados à justiça”.

Por sua vez, a Casa Branca também condenou o assassinato de Abu Akleh, descrevendo-a como uma “lenda da reportagem”

“Pedimos uma investigação imediata, completa e total responsabilidade. Sua morte é uma perda trágica e uma afronta à liberdade de mídia em todos os lugares, afirmou a representante por meio das redes sociais. 

We call for an immediate and thorough investigation and full accountability. Investigating attacks on independent media and prosecuting those responsible are of paramount importance.

— Jen Psaki (@PressSec) May 11, 2022

A jornalista palestino-americana Shireen Abu Aqleh, uma das estrelas do Al Jazeera, morreu ao ser alvejada na cabeça, nesta quarta, quando cobria uma operação do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada. 

O cinegrafista Ali al-Samoudi, que a acompanhava, foi ferido nas costas, mas está em condição estável. "Nós íamos filmar o ataque do exército israelense e, de repente, eles atiraram em nós sem nos pedir para sair ou parar de filmar. A primeira bala me acertou e a segunda acertou Shireen. Não houve resistência militar palestina no local", relatou Ali al-Samoudi.

A emissora Al Jazeera afirmou que a repórter, uma palestina cristã de 51 anos, foi assassinada "deliberadamente e a sangue frio" pelas forças de Israel, exigindo que a comunidade internacional responabilize Tel Aviv. O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, alegou por sua vez que "provavelmente" a correspondente foi morta por tiros palestinos.

(*) Com Brasil de Fato e TeleSur. 

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

União Europeia declara que texto de acordo nuclear é 'definitivo'; Irã nega finalização

Encaminhar Enviar por e-mail

Negociações entre bloco econômico e Irã ocorrem para tentar salvar o acordo chamado Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), assinado originalmente em 2015

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-08T22:30:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Fontes da União Europeia informaram nesta segunda-feira (08/08) que o bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear que é debatido em Viena, na Áustria, com o Irã e com os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Nós trabalhamos por quatro dias e hoje o texto está na mesa. A tratativa terminou, o texto é definitivo e não será renegociado", disse um funcionário do bloco, em condição de anonimato, aos jornalistas que acompanham os debates.

Pouco tempo depois, porém, o governo do Irã negou a informação por meio da declaração de um diplomata à agência estatal iraniana Irna. "Não estamos em uma fase em que sequer podemos falar de finalização de texto", disse o representante, em condição de anonimato.

Segundo o iraniano, ainda há alguns pontos em "suspensão" e o resultado das conversas "dependerá da determinação dos outros participantes em tomar decisões políticas sobre as propostas já apresentadas por Teerã".

Em Viena, outro funcionário da União Europeia contou aos jornalistas que as delegações dos países e organizações envolvidos deixariam o local e que agora "tudo dependerá da resposta formal dos participantes", o que deve ocorrer nos próximos dias.

European External Action Service/Flickr
Bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear; para Irã ainda há alguns pontos em "suspensão"

As negociações entre as partes ocorrem para tentar salvar o acordo assinado em 2015, chamado de Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), que inclui todos os membros do CS da ONU (Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido - mais a Alemanha), com intermediação da UE.

O pacto perdeu força em 2018, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do acordo e reimpôs sanções unilaterais contra o Irã. Como resposta, Teerã parou de respeitar diversos itens do pacto de maneira intensa, como o enriquecimento de urânio, o que poderia indicar a construção de armas nucleares. Na última semana, o governo do país chegou a dizer que já tinha essa capacidade, mas que não queria construir os armamentos.

No entanto, com a eleição de Joe Biden, que tomou posse em janeiro de 2021, voltou a ser aberta a possibilidade de que os EUA voltassem ao acordo para tentar apaziguar a situação.

E, desde o fim do ano passado, dezenas de reuniões entre delegações de todas as nações envolvidas foram realizadas para tentar a chegar a um novo acordo para a implementação das regras.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados