A prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, estendeu na noite desta quarta-feira (06/01) por 15 dias o estado de emergência na cidade por conta das manifestações que culminaram na invasão ao Capitólio. O prazo termina um dia depois da posse de Joe Biden na presidência, prevista para o dia 20 de janeiro.
A cidade já esteve sob toque de recolher na noite de quinta, que teve vigência até as 6h da manhã desta quinta (07/01), 8h em Brasília. Somente trabalhadores essenciais e membros do Congresso podiam circular pela capital norte-americana. A medida foi tomada para evitar mais distúrbios.
Com a extensão, Bowser pode pedir recursos emergenciais ao governo federal, impor novos lockdowns, remanejar funcionários da prefeitura, dentre outras medidas – inclusive de potencial restritivo. A emergência termina, de acordo com o decreto assinado pela prefeita, às 15h do dia 21 de janeiro (17h em Brasília), podendo ser interrompido antes.
A Guarda Nacional permanece na cidade.
Invasão
Nas primeiras horas da tarde desta quarta, centenas de manifestantes se concentravam em frente ao Congresso para participar do ato convocado por apoiadores de Donald Trump e pelo próprio presidente.
AFP/Télam
Prefeita de Washington estendeu emergência na cidade
O republicano chegou a discursar aos manifestantes e convocou “uma marcha” até o Congresso para, segundo Trump, “encorajar” senadores e deputados a rejeitarem a vitória de Biden nas eleições.
Minutos depois, os participantes do ato se dirigiram ao Capitólio e as primeiras invasões foram registradas. Pessoas quebraram vidraças e portas para entrar no prédio.
O Senado anunciou a suspensão da sessão e deputados e senadores começaram a ser evacuados do local utilizando máscaras de gás.
Invasores chegaram, por algumas horas, a ocupar o Senado e gabinete de alguns parlamentares, inclusive da própria presidente da Câmara, Nancy Pelosi.
Segundo a emissora norte-americana CNN, uma mulher foi baleada dentro do Capitólio durante a invasão e morreu no hospital. Os autores do disparo e o motivo ainda são desconhecidos.
O chefe da polícia de Washington D.C., Robert Contee, afirmou que 13 pessoas foram presas durante os atos. “Ficou claro que a multidão tinha a intenção de causar danos aos nossos oficiais”, disse.