Por denunciar caráter racista do sionismo, Breno Altman é ameaçado

O jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, relatou na noite desta sexta-feira (13/10) estar recebendo ameaças de grupos sionistas por conta de sua defesa ao povo palestino e contra o Estado de Israel. 

Altman, que é judeu, disse não temer quem “arrota valentia, mas foge em desabalada carreira”, afirmando que, “quanto mais ameaças recebo, mais me divirto com a falta de caráter da turba”.

“Vou escrever às centenas de animais e robôs que me ameaçam. O sionismo é estruturalmente covarde e boquirroto. Calças-frouxas, dizia meu avô. Como todas as formas de racismo, cria gente que arrota valentia, mas foge em desabalada carreira”, afirmou o jornalista em postagem no X (antigo Twitter).

Segundo o Altman, seria “mais simpático” escrever aos “inúmeros companheiros e companheiras que gentilmente foram solidários nos últimos dias, a quem agradeço de coração”, mas o fundador de Opera Mundi declarou que conhece essa “malta” desde criança.

“Uns bundas sujas e moles, por tradição. Há três gerações minha família está acostumada a enfrentar esses supremacistas”, disse.

AVISO AOS NAVEGANTES

Seria mais simpático escrever para os inúmeros companheiros e companheiras que gentilmente foram solidários nos últimos dias, a quem agradeço de coração.

Mas vou escrever às centenas de animais e robôs que me ameaçam. O sionismo é estruturalmente covarde e…

— Breno Altman (@brealt) October 14, 2023

O fundador de Opera Mundi tem se notabilizado por defender posições pró-Palestina na cobertura sobre a guerra no Oriente Médio e denunciando o discurso sionista que a resposta de Israel contra os palestinos desencadeou.

Altman, inclusive, foi alvo de possível censura por parte do jornalista Samuel Pancher, do site Metrópoles. 

Por conta disso, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) defendeu o fundador de Opera Mundi diante dos ataques que o jornalista vem sofrendo pela apuração contra hegemônica e antissionista na guerra declarada por Israel contra Gaza. 

Por meio da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos (CDLIDH), a ABI declarou seu apoio a Altman, que foi “vítima de tentativa de censura por parte da plataforma YouTube, e lamentavelmente, até mesmo por outro jornalista, por suas posições em defesa do povo palestino”.