Quinta-feira, 19 de junho de 2025
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Em mensagem publicada nesta terça-feira (20/02) em suas redes sociais, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, expressou seu apoio ao brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com relação às declarações dadas recentemente criticando as violações aos direitos humanos cometidas pela ofensiva militar promovida por Israel na Faixa de Gaza, que já produziu a morte de mais de 29 mil civis palestinos – incluindo mais de 13 mil crianças.

“Expresso minha solidariedade integral ao presidente Lula, do Brasil. Em Gaza está acontecendo um genocídio no qual se está assassinando covardemente a milhares de crianças, mulheres e idosos civis”, afirmou o mandatário colombiano.

As palavras de Petro se referem à entrevista coletiva concedida por Lula no domingo (18/02), em Adis Abeba, capital da Etiópia.

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Na ocasião, horas depois de participar da 37ª Cúpula da União Africana, o presidente brasileiro respondeu uma pergunta sobre os acontecimentos na Faixa de Gaza, e disse que “o que está acontecendo hoje com o povo palestino não tem precedentes na história do mundo. Na verdade, houve um momento em que Hitler decidiu matar os judeus”.

A mensagem de Petro, dois dias depois, reforçam a declaração do líder brasileiro: “Lula apenas disse a verdade, e devemos defender a verdade, ou a barbárie nos aniquilará”.

Ricardo Stuckert
Gustavo Petro disse concordar com críticas de Lula da Silva sobre ação de Israel em Gaza

Em seguida, o líder colombiano pediu que “toda a região (da América Latina) se una pelo fim imediato da violência na Palestina”.

“A sentença da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre Israel deve gerar aplicação e consequências nas relações diplomáticas de todos os países do mundo”, completou o mandatário sul-americano.

Até o momento, nenhum chefe de Estado do mundo criticou a declaração de Lula em Adis Abeba, exceto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cujo governo foi diretamente afetado pelas palavras do brasileiro.

O líder da extrema-direita israelense declarou Lula como “persona non grata” em seu país e chamou a consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer – gesto que foi repetido pelo Palácio do Itamaraty, que convocou o embaixador israelense em Brasília, Daniel Zonshine.