Como um dos líderes mundiais que mais se posiciona nas denúncias de genocídio da população palestina promovido por Israel na Faixa de Gaza, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou que defende a Palestina “porque tem a mesma raiz” que essa população.
Em resposta a uma jornalista durante um evento em Córdoba, o líder colombiano falou que a origem de sua ligação com a Palestina é herança da época em que lutava pela guerrilha M-19, atualmente extinta.
Segundo suas declarações, o M-19 foi um aliado “dos árabes nas suas lutas pela pátria” ao lutar como aliado à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), ao movimento político-revolucionário pela autodeterminação do povo saauri Frente Polisário, à Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPPO), ao Congresso Nacional Africano e a ao ex-líder sul-africano Nelson Mandela.
Petro explicou também que militava junto com o guerrilheiro Enan Lora Mendoza, treinado pelo grupo no deserto do Saara, na Líbia, juntamente com militantes e combatentes da OLP. Mendoza foi assassinado pelo extinto Departamento Administrativo de Segurança (DAS) em 1994.
Rompimento de relações com Israel
A mais recente declaração de Petro sobre a ofensiva israelense decorreu após o Conselho de Segurança da ONU aprovar, na última segunda-feira (25/03) uma resolução para cessar-fogo na região.
O mandatário alertou que se as autoridades israelenses não cumprirem a resolução que pede cessar-fogo imediato em Gaza, seu país romperá as relações diplomáticas com Israel.
https://twitter.com/petrogustavo/status/1772603345796026445
Um dia antes, o mandatário havia comemorado a aprovação do texto e, na sequência, convidado “as nações do mundo a romperem as relações diplomáticas caso Israel desrespeite o cessar-fogo”.
Logo no primeiro mês das operações militares de Tel Aviv em solo palestino, em outubro de 2023, o presidente colombiano classificou os ataques de genocídio e ameaçou romper relações com a nação.
“Se tivermos que suspender as relações externas com Israel, nós suspenderemos. Não apoiamos genocídios. Não se insulta o presidente da Colômbia”, declarou Petro, na ocasião.
Já no início de março, o mandatário anunciou que suspenderia a compra de material bélico de Israel, em resposta a um ataque direcionado a civis palestinos durante uma distribuição de alimentos no enclave, que deixou mais de 110 mortos. Ambos os governos são parceiros de armas há mais de três décadas.
(*) Com RT en español