Ministros do gabinete do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, acreditam que divulgar as imagens gráficas do ataque do Hamas, ocorrido em 7 de outubro de 2023, possa mudar a narrativa pública a favor de Tel Aviv e alimentar o repúdio aos estudantes universitários que, há mais de duas semanas, protestam dentro das universidades norte-americanas.
O veículo israelense Keshet 12 relatou nesta terça-feira (30/04) que, “pressionados” pelas manifestações contra Israel, as autoridades ministeriais cogitam a liberação desses registros, o que é proibido pelo próprio governo local desde os primeiros momentos da guerra, “em respeito aos parentes das vítimas”.
Entre os que defendem a medida, está o ministro de Assuntos da Diáspora, Amihai Chikli. Durante uma reunião de gabinete nesta manhã, argumentou a necessidade da publicação dos vídeos “para explicar ao mundo o motivo pelo qual estamos lutando”.
O ministro da Economia, Nir Barkat, justificou seu apoio, afirmando que “enquanto mostramos as crianças mortas em Gaza durante todos os dias, escondemos as imagens dos horrores de 7 de outubro”.
“Por que não usamos as armas [imagens] que temos? Há milhares de vídeos horripilantes que o gabinete decidiu esconder [..] ao invés de mostrar ao mundo que o Hamas é um monstro, estamos escondendo as evidências que nos dão justificativa”, acrescentou Barkat.
Embora as imagens sejam proibidas, vale recordar que Israel já exibiu um compilado de vídeos para os meios de comunicação internacionais.
No Brasil, o Consulado Geral de Israel em São Paulo, juntamente com a Stand With Us e a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), chegou a divulgar uma edição de 44 minutos para um grupo de 40 jornalistas e integrantes da comunidade judaica, em novembro de 2023.