O Ministério da Saúde de Gaza apresentou um informe nesta quinta-feira (04/04) que contabiliza 33.037 mortes de civis palestinos em função dos ataques promovidos pelo Exército de Israel ao território, após 169 dias da ofensiva iniciada em outubro de 2023.
A marca foi superada após o registro de 62 mortes nas últimas 24 horas, além de outras 91 pessoas que ficaram feridas.
A cifra inclui a estimativa de que pouco mais de 14 mil dessas vítimas sejam menores de idade. Também se estima que há mais de 10 mil pessoas consideradas desaparecidas, cujos corpos estariam sob escombros ou ocultados de outras formas, o que poderia elevar o número de vítimas fatais.
Além disso, o informe aponta que há 75.668 pessoas feridas, algumas delas em estado grave e sem contar com o atendimento adequado, já que os hospitais da região enfrentam racionamento de água e energia elétrica, além de poucos insumos médicos devido às restrições impostas pelo governo de Israel.
Crime de guerra
Nesta mesma quinta, a organização não governamental Human Rights Watch (HRW) denunciou Tel Aviv por um possível crime de guerra ao atacar um edifício residencial em Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza.
O ataque ocorreu no dia 31 de outubro e naquele então não foi considerado como uma ação que visava um alvo militar localizado nas proximidades, mas a entidade apresentou um novo vídeo que poderia mudar o rumo das investigações.
“Não encontramos nenhuma evidência de um alvo militar nos arredores do edifício no momento do ataque israelense, tornando o ataque ilegalmente indiscriminado sob as leis da guerra”, afirmou a organização em comunicado.
O edifício albergava centenas de civis. O ataque causou a morte de pelo menos 106 pessoas, incluindo 54 crianças. Segundo a HRW, a destruição do prédio foi uma das ações mais mortíferas realizadas pelas tropas israelenses contra a população civil palestina desde o início da atual ofensiva em Gaza.