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Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta, físico italiano, famoso principalmente por ter desenvolvido a pilha elétrica, morre em 5 de março de 1827 na cidade de Como, onde passou os últimos anos de vida.
A unidade de força eletromotriz do Sistema Internacional de Unidades leva o nome de volt em sua homenagem, desde o ano 1881. Em 1964, a União Astronômica Internacional decidiu chamar de Volta uma cratera lunar.
O conde Alessandro Volta, pioneiro nos estudos da eletricidade, nasceu na Lombardia, Itália, em 18 de fevereiro de 1745, no seio de uma família de nobres. Aos sete anos faleceu o pai e a família teve de se encarregar de sua educação. Desde muito cedo se interessou pela física, apesar do desejo da família para que enveredasse por uma carreira jurídica. Todavia a ciência falou mais alto.
Em 1780, Luigi Galvani, cientista e professor de anatomia da Universidade de Bolonha, descobriu que ao conectar dos metais diferentes no músculo de uma rã era gerada uma pequena corrente elétrica que podia ser medida. Quando em 1791 foram publicados os resultados de suas experiências para obter “eletricidade animal”, Volta se propôs encontrar outras alternativas que lhe permitissem obter energia sem utilizar tecidos de seres vivos.
A partir de 1794 começou a experimentar com diferentes tipos de metais em substituição dos tecidos orgânicos. Em 1800, como resultado de uma discórdia profissional sobre a resposta galvânica, defendida por Luigi Galvani, segundo a qual, os metais produziriam eletricidade apenas em contato com tecido animal, Volta desenvolveu a primeira pilha elétrica, comprovando que para a produção de eletricidade a presença de tecido animal não era necessária. Era uma predecessora da bateria elétrica.
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Inicialmente, Volta experimentou células individuais em série, cada célula sendo um cálice de vinho cheio de salmoura na qual dois eletrodos dissimilares foram mergulhados. A pilha elétrica substituiu o cálice com um cartão embebido em salmoura. O número de células, e consequentemente, a tensão elétrica que poderiam produzir, estava limitado pela pressão exercida pelas células de cima, que espremiam toda a salmoura do cartão da célula de baixo.
Mediante as múltiplas provas que realizou, Volta pôde determinar que os metais mais apropriados para essa função eram o zinco e a prata, posteriormente substituída pelo cobre.
O passo seguinte foi experimentar o que ocorreria se conectasse vários cálices entre si. Devido ao fato que com salmoura líquida era complicado levar a efeito esses experimentos, idealizou a alternativa de impregnar um cartão com a salmoura, substituindo posteriormente esse material por um pano empapado igualmente em salmoura, emparedando-o entre os dois metais, de modo a formar um conjunto compacto. Dessa maneira pede unir vários conjuntos entre si, colocando-os uns sobre os outros, até formar uma bateria de conjuntos conectados em série.
A invenção da pilha, chamada inicialmente “órgão elétrico artificial”, porque a eletricidade era gerada por um artifício e não pelo trabalho humano – data de 1800. No período de 1800 a 1815, após a invenção da pilha, houve grande evolução da eletroquímica.
Em setembro de 1801, Volta viajou a Paris, aceitando um convite do imperador Napoleão Bonaparte a fim de expor as características de seu invento no Instituto da França. O próprio Bonaparte participou com entusiasmo das exposições. Em 2 de novembro do mesmo ano, a comissão de cientistas indicados pela Academia de Ciências do Instituto, encarregados de avaliar a invenção de Volta, emitiu um relatório asseverando a sua validez.
Impressionado com a bateria, o imperador nomeou Volta conde e senador do reino da Lombardia e lhe outorgou a mais alta distinção da instituição, a Medalha de Ouro do Mérito Científico. O imperador da Áustria, por sua vez, o designou diretor da Faculdade de Filosofia da Universidade de Pádua em 1815.
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Volta explica sua invenção a Napoleão Bonaparte, em foto tirada do quadro de Giuseppe Bertini (1801)
Por ser uma pessoa muito prática, sempre se interessou por problemas industriais. Sugeriu a fabricação industrial das vacinas, compreendeu e procurou difundir a importância do amianto para a indústria (na época não se conheciam seus efeitos tóxicos sobre o organismo humano), promoveu a difusão da cultura controlada do bicho-da-seda e tentou racionalizar o cultivo do lúpulo e da batata.
Também nessa data:
146 – Fim da Terceira Guerra Púnica, com a destruição de Cartago
1815 – morre o médico alemão Franz Mesmer, pioneiro do hipnotismo
1871 – Nasce a revolucionária Rosa Luxemburgo
1915 – Pancho Villa toma o podermilitar e civil no México
1918 – Capital da Rússia é transferida para Moscou pelos soviets
1921 – Secularização oficial da União Soviética
1946 – discurso de Churchill em Fulton, Miussouri marca o início da Guerra Fria
1953 – Morre Josef Stalin, líder da União Soviética
1953 – Morre o compositor soviético Serguei Prokofiev