Georg Simon Ohm, físico e matemático alemão que contribuiu para a teoria da eletricidade com sua Lei de Ohm, morre em Munique em 6 de julho de 1854. Ficou conhecido principalmente por sua investigação sobre as correntes elétricas. Estudou a relação que existe entre a intensidade de uma corrente elétrica, sua força eletromotriz e a resistência, formulando em 1827 a lei que leva o seu nome. Interessou-se igualmente pela acústica, a polarização das pilhas e as interferências luminosas.
A unidade de resistência elétrica, o ohm, recebeu esse nome em sua homenagem. Ohm foi capaz de definir a relação entre voltagem, corrente e resistência e a publicou em 1827 em livro em que expôs sua teoria da eletricidade: quantidade de corrente constante através do material é diretamente proporcional à tensão através do material dividido pela resistência elétrica do material. Essas relações fundamentais marcaram o começo da análise dos circuitos elétricos.
Portanto, o ohm é a unidade de medida da resistência elétrica, padronizada pelo Sistema Internacional de Unidades, e corresponde à relação entre a tensão de um volt e uma corrente de um ampere sobre um elemento, seja ele condutor ou isolante. Um condutor que tenha uma resistência elétrica de 1 ohm causará queda de tensão de 1 volt a cada 1 ampere de corrente que passar por ele.
Nasceu em 16 de março de 1789 em Erlangen, no seio de uma família numerosa como era então costume, mas dos sete irmãos somente três sobreviveram.
Aos 16 anos ingressou na Universidade de Erlangen, porém passados 3 semestres desinteressou-se dos estudos. Foi enviado à Suíça onde em 1806 conseguiu um lugar de professor de matemática numa escola de Gottstadt, quando teve oportunidade de ler os trabalhos de Euler, Laplace e Lacroix.
Depois de passar alguns anos como simples professor, mostrando-se descontente com seu trabalho, já que não era a carreira brilhante que ansiava, eis que em 11 de setembro de 1817 recebe uma grande oportunidade como professor de matemática e física no Liceu Jesuíta em Colônia onde pode contar com seu próprio e bem equipado laboratório de física. Ali, aprofundou-se no estudo de destacados matemáticos como Laplace, Lagrange, Legendre, Biot e Poisson. Prosseguiu mais tarde com trabalhos experimentais no laboratório de física do colégio, após ter tido notícias do descobrimento do eletromagnetismo por Oersted em 1820.
Em 1825 começou a publicar os resultados de seus experimentos sobre medições de corrente e tensões, no qual destacava a diminuição da força eletromagnética que passava por um cabo a medida que este era mais comprido. Convencido de sua descoberta, publicou em 1827 “Die galvanische Kette, mathematisch bearbeitet”, livro em que expôs toda a sua teoria sobre a eletricidade. Sua contribuição mais destacada foi a de uma relação fundamental, chamada atualmente de Lei de Ohm.
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A respeito do livro, cabe destacar que começa ensinando as bases da matemática, a fim de que o leitor possa entender o restante do livro. À época, inclusive os melhores físicos alemães careciam de uma base matemática apropriada para a compreensão do trabalho, razão pela qual não chegou a convencer totalmente os físicos tradicionais, que não acreditavam que a proximidade da física à matemática fosse o mais adequado, pelo que criticaram e ridicularizaram seu trabalho.
Trabalhou temporariamente em diversos colégios de Berlim e em 1833 aceita um cargo na Universidade de Nuremberg, onde lhe foi outorgado o título de professor. No entanto, não havia conseguido ainda um posto de acordo com o que acreditava serem seus méritos.
Em 1841, sua obra foi reconhecida pela “Royal Society” e lhe foi adjudicada a Medalha Copley. No ano seguinte foi incorporado como membro estrangeiro da sociedade. O mesmo fizeram várias academias, entre as de Turim e de Berlim, que o nomearam membro eleito. Em 1845 era já membro ativo da “Bayerische Akademie”.
Além de suas investigações sobre eletricidade, em 1843 anunciou o princípio fundamental da acústica fisiológica, devido a sua preocupação pelo modo com que se escutam as combinações de tons.
Ao estarem expostos a um som complexo criado ao misturar vários tons, os indivíduos são capazes de escutar separadamente cada tom.
Porém suas hipóteses não tinham uma base matemática suficientemente sólida e a breve vida de sua hipótese acabou numa disputa com o físico August Seebeck quem desacreditou sua teoria. No final, Ohm reconheceu seus erros.
Em 1849, Ohm aceitou um posto em Munique como conservador do gabinete de Física da “Bayerische Akademie” e pronunciou numerosas conferencias na Universidade de Munique. Em 1852 alcançou a ambição de toda a sua vida: foi designado professor titular da cátedra de física da Universidade de Munique.
Também nesta data:
1415 – Pregador Jan Hus é queimado vivo por ordem da Igreja
1801 – Lord Elgin é autorizado a retirar as frisas do Partenon
1971 – Morre o gênio do jazz, Louis Armstrong
2009 – Morre Robert McNamara, arquiteto da Guerra do Vietnã