Em uma demonstração de força frente às manifestações de países da comunidade internacional que apoiam a tentativa de golpe de Estado e a realização de novas eleições presidenciais na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro realizou inspeções militares neste domingo (27/01).
As inspeções foram realizadas às vésperas de exercícios militares que fazem parte das comemorações dos 200 anos do Congresso de Angostura, quando foi criada a primeira Constituição do país, e serão realizados entre 10 e 15 de fevereiro. O exército bolivariano vai praticar a defesa do território, costa e rios nacionais de invasores estrangeiros, além de revisar os mecanismos de mobilizações civil e militar.
“Estamos nos preparando para os exercícios militares mais importantes da nossa história, em homenagem ao Bicentenário de Angostura. Seu objetivo é acoplar toda a capacidade, operacional, organizacional, de armas e de união cívico-militar para defender nossa Pátria”, publicou Maduro em sua conta no Twitter.
As primeiras inspeções militares foram realizadas sob comando de Maduro junto a 41ª Brigada Blindada no Fuerte Paramacay, na região de Naguanagua. O presidente também visitou a Base Naval Agustín Armario, na cidade de Puerto Cabello.
Maduro conta com o apoio da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Na semana passada o ministro da Defesa do país, Vladimir Padrino López, declarou estar de prontidão para defender a soberania venezuelana e rechaçou a autoproclamação de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
“Alerto o povo da Venezuela que está ocorrendo um golpe de Estado contra a institucionalidade, contra a democracia, contra a nossa Constituição, contra o presidente Nicolás Maduro, presidente legítimo”, afirmou Padrino. “Nós, soldados da pátria, não aceitamos um presidente imposto à sombra de interesses obscuros, nem autroproclamado às margens da lei”, concluiu o ministro.
Tentativa de Golpe
O deputado oposicionista e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela na última quarta-feira (23/01), em uma tentativa de golpe de Estado durante um comício em Caracas.
Logo depois do ato o presidente norte-americano Donald Trump apoiou a tentativa de golpe no país.
A atitude de Juan Guaidó ocorreu em meio a uma série de protestos a favor e contra o governo de Nicolás Maduro nas ruas da capital venezuelana.
Desde sua posse, ocorrida em 10 de janeiro, depois de ser eleito para o segundo mandato com mais de 67% dos votos em eleições diretas realizadas em 2018, a oposição tem insistido em não reconhecer o governo de Maduro.
Na última semana países da América Latina, além de Rússia e China, saíram em defesa da legitimidade da presidência de Maduro. A União Europeia, por sua vez, manteve uma posição neutra e apoiou a realização de novas eleições no país.
* Com EBC e Sputinik
Fotos Públicas
Presidente venezuelano visitou bases militares e se reuniu com membros das Forças Armadas bolivarianas às vésperas dos ‘exercícios militares