A União Europeia emitiu um comunicado nesta quinta-feira (24/01) em que defendeu a realização de “eleições livres e confiáveis” na Venezuela. O bloco também declarou apoio à interinidade do líder oposicionista Juan Guaidó, responsável pela tentativa de golpe ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
“A UE faz um apelo urgente ao início imediato de um processo político que conduza a eleições livres e confiáveis, de acordo com a ordem constitucional”, diz o comunicado. “Apoia plenamente a Assembleia Nacional como a instituição democraticamente eleita cujos poderes devem ser restaurados e respeitados”, continua a nota. “Os direitos civis, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo o seu presidente, Juan Guaidó, devem ser plenamente respeitados”, acrescenta o texto.
No documento, a União Europeia se coloca à disposição para colaborar com o processo de tentativa de golpe na Venezuela. “A União Europeia e os seus Estados-Membros continuam dispostos a apoiar o restabelecimento da democracia e do Estado de direito na Venezuela através de um processo político pacífico e credível, em conformidade com a Constituição venezuelana.”
Mundo dividido por Venezuela
A tentativa de golpe perpetrada pelo líder oposicionista Juán Guaidó, que contou com a chancela dos EUA, tem dividido o mundo com relação à legitimidade de sua tentativa de derrubar o governo de Nicolás Maduro.
De acordo com o site Poder 360, até o momento já são contabilizados 14 apoios de lideranças mundiais à tentativa de golpe. Além dos EUA, Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Panamá, Colômbia, Canadá, França, Equador, Costa Rica, Guatemala, Honduras e Peru declararam apoio à Guaidó.
Por outro lado, de acordo com o Poder 360, sete nações defenderam a legitimidade do governo de Nicolás Maduro, presidente reeleito com cerca de 68% dos votos válidos nas últimas eleições. Até o momento os países que apoiam Maduro são China, Rússia, Turquia, Nicarágua, Cuba, México e Bolívia.
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14 líderes mundiais já declararam apoio à tentativa de golpe no país; Maduro tem apoio de 7 nações