O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje (6/8) a Venezuela, onde se encontra com o venezuelano Hugo Chávez, e posteriormente embarca para a Colômbia, duas semanas após o rompimento das relações entre esses dois países.
O porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, disse ontem que Lula está disposto a promover o diálogo entre Venezuela e Colômbia e aproveitará as visitas aos dois países para buscar esse objetivo. O presidente participa amanhã da posse de Juan Manuel Santos. “Sabemos que o presidente Santos quer dialogar (com Chávez), e o Brasil espera que essa propensão ao diálogo leve a uma melhora” nas relações entre Caracas e Bogotá, afirmou Baumbach.
Ricardo Stuckert/presidência
Lula e o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em San Juan para a 39ª Cúpula do Mercosul
“A presença de Lula na posse constitui gesto claro de interesse brasileiro de intensificar as relações bilaterais, tanto política quanto comercialmente, e também será oportunidade para mostrar que o Brasil pode ser um canal de diálogo entre os países da região, uma vez que tem com todos eles excelente relacionamento”, disse o porta-voz.
Na agenda de Lula em Caracas, uma reunião de instalação da Secretaria da Cúpula América do Sul-África e depois um encontro privado com o anfitrião no Palácio Miraflores. Após a cerimônia de assinatura de atos, o presidente partirá para Bogotá.
Na Colômbia, Lula participará de um jantar promovido pelo presidente Álvaro Uribe e pela primeira-dama Lina Moreno de Uribe aos chefes de Estado e Governo que estarão no país para comparecer, no dia seguinte, à posse do presidente eleito, Juan Manuel Santos.
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Kirchner
Na noite desta quinta-feira, o secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), Néstor Kirchner, se reuniu com Chávez em Caracas. Antes do encontro, o ex-presidente argentino exortou as nações a se respeitarem, e demonstrou gratidão ao líder venezuelano, lembrando que quando a Argentina estava na pior, a Venezuela foi solidária.
Segundo a imprensa venezuelana, Chávez e Kirchner evitaram dar declarações ao deixarem o Palácio de Miraflores. O presidente venezuelano só se limitou a dizer que se tratou de um encontro produtivo.
Tido como principal mediador do conflito entre Caracas e Bogotá, Kirchner deve participar do encontro desta sexta-feira entre Lula e Chávez.
Kirchner disse que deseja que a América Latina “emirja no mundo como uma região” onde “definitivamente saibamos entender que temos que conviver entre todos, respeitando a diversidade, respeitando a pluralidade”.
“Vamos avaliar com muita força e o tempo que seja necessário o funcionamento da Unasul, as políticas que devem ser implementadas e gerar uma visão real e concreta dos diferentes tópicos que hoje nos preocupam, tanto na região quanto fora dela”, afirmou.
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