O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, disse nesta segunda-feira (17/04) que a “China incentiva Israel e Palestina a mostrar coragem política e tomar medidas para retomar as negociações de paz.”
Em um segundo movimento realizado pelo país para o estabelecimento de relações diplomáticas no Oriente Médio após Pequim mediar a reaproximação entre Irã e Arábia Saudita, Qin também afirmou que a China “está pronta para fornecer as condições para isso [a paz].”
Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores chinês, Qin disse separadamente aos governos da Palestina e de Israel que a China quer contribuir de forma construtiva na elaboração de uma solução pacífica para os conflitos da região. O ministro ainda reforçou que o país apoia uma saída que esteja baseada no princípios dos dois Estados.
As negociações de paz mediadas pelos EUA entre Israel e Palestina estão paralisadas desde 2014 e tinham como horizonte instituir o Estado palestino na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza – a última foi capturada por Israel durante a guerra de 1967, que culminou em uma série de conflitos árabes-israelenses envolvendo países como Egito, Síria e Jordânia.
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Ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang
Qin Gang propôs moderação e disse que ambas as partes deviam evitar “ações excessivas e provocativas. Nunca é tarde para fazer a coisa certa.” No último 5 de Abril, a polícia israelense invadiu e expulsou palestinos da mesquita de Al-Aqsa e deixou dezenas de feridos.
O presidente chinês, Xi Jinping, lançou, neste ano, a Iniciativa de Segurança Global, um documento público sobre a posição que a China deve assumir na promoção da paz mundial. No material, estão contidas as orientações adotadas por Pequim no tema, que estão fundamentadas no argumento de que, para o país asiático, a questão da segurança é de interesse comum no sentido da construção da segurança global a longo prazo.
A posição chinesa foi refletida pelo seu chanceler. Qin disse que o caminho para a solução do conflito entre Israel e Palestina está na construção de uma “visão comum”. O ministro afirma que “a China não tem interesses egoístas na questão Israel-Palestina e apenas espera que Israel e Palestina possam coexistir pacificamente e salvaguardar a estabilidade.”