A ex-senadora colombiana Piedad Córdoba atribuiu o descumprimento do acordo de libertação dos reféns por parte do grupo guerrilheiro FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) a “dificuldades logísticas”, ao tempo e à topografia.
“Dificuldades logísticas, técnicas, atmosféricas, topográficas e às [dificuldades] próprias da guerra interna dificultaram a entrega das duas pessoas que a guerrilha das Farc anunciou deixar em liberdade”, afirmou um comunicado emitido pelo grupo Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), liderado por Córdoba.
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No último domingo (13/02) a ex-senadora e membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) integraram a missão humanitária que embarcou em um helicóptero emprestado pelo governo brasileiro para resgatar os últimos três reféns que o grupo guerrilheiro prometeu libertar em desagravo a Córdoba, que perdeu seu mandato no Senado e tornou-se inelegível por 18 anos acusada de colaborar com as Farc.
No entanto, apenas o policial Carlos Ocampo, que não estava na lista dos cinco reféns que seriam libertados, foi entregue à missão, enquanto o major da polícia Guillermo Solórzano e o cabo do Exército Salín Sanmiguel, continuaram retidos pela guerrilha.
Frente à não libertação dos dois, o governo manifestou seu descontentamento e acusou o as FARC de terem dado coordenadas erradas para o resgate. Porém, ontem as autoridades anunciaram que o resgate seria retomado, mas no município de Cali, e não mais em Ibagué, como estava previsto em princípio. Ambas localizam-se no Vale do Cauca, na parte oeste da Colômbia.
Córdoba, por sua vez, atestou que a “busca” pelos sequestrados e, como consequência, pela paz no país, continuaria. Ela ainda agradeceu o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pela disposição do governo ao permitir a continuação do resgate.
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